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O maior e mais tradicional evento de Tecnologia da Informação e Comunicação da Universidade La Salle terminou neste fim de semana com a apresentação de seminários de trabalhos de conclusão de curso dos alunos. Antes, porém, o XII Telecomptec recebeu especialistas da área para abordarem legislação referentes a crimes na internet, sistemas e requisitos para preencher os postos de trabalho no mercado da TI.

Vivemos a Era dos Dados, o que consequentemente alimenta um mercado de números astronômicos - só os investimentos em Big Data e Analytics ultrapassam os R$ 16,8 bilhões apenas no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Software. Por isso, a área é tida como o petróleo desta era da informação que já pode ser comparada a uma Revolução Industrial.

O impacto vai muito além da Economia: “Toda transformação tecnológica acarreta uma mudança cultural e mudança cultural pode acarretar alteração da cultura política, jurídica e normativa.”, frisou o secretário de Segurança Pública de Canoas e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, estudioso da área de cibersegurança e que abordou leis alteradas, incrementadas ou criadas com o intuito de abranger a internet - ainda vista e encarada por muitos como uma “terra sem lei” - e por isso um terreno fértil para criminosos, que cometem, na maioria, coleta de dados de cartões e fraudes em sites de empréstimo e e-commerce, além de de extorsão.

Um dos grandes desafios, na avaliação do secretário, é a necessidade de uma cooperação jurídica internacional, já que no virtual não há fronteiras. Em território nacional, Emerson Wendt acredita que o enfrentamento aos delitos informáticos é prejudicado pela ausência de governança e pela descentralização, já que as 27 polícias civis têm estruturas políticas e administrativas diferentes. Além disso, o foco é na consequência e não na educação cibernética: “A legislação brasileira é muito voltada para penas e punições e pouco para políticas públicas.”

Neste sentido falou também Maiquel Rinco, ex-aluno da Universidade La Salle que hoje é gerente de TI e Cibersegurança da Ticketzone Ltd na Inglaterra, ressaltando que nenhum sistema é 100% seguro e que o conhecimento sobre dados não deve fica restrito aos profissionais de TI: “A gente precisa de segurança de rede, proteger os dados, é uma necessidade atual. Recomendo a quem não sabe nada de computação, que aprenda cybersecurity."

Banco de dados como serviço e carreiras em serviços de nuvem Microsoft

Se a tecnologia da informação representa novas demandas e precauções, ela também pode significar praticidade e até mesmo economia para empreendedores. No ampla abordagem promovida pelo XII Telecomptec, Evandro Lima, consultor da Oracle Corporation, empresa multinacional de tecnologia e informática especializada no desenvolvimento e comercialização de hardware e softwares e de banco de dados, destacou que há também um aspecto de democratização promovido pela transformação digital: “Hoje o pequeno pode olhar pra isso e se ver nesse mundo, pode usar o poder computacional que antes era só pra grandes empresas, tem toda a questão de disponibilidade da nuvem. A questão de construir um ambiente Enterprise, que é o sonho de qualquer dono de negócio. Ele não vai pagar uma multa porque não conseguiu gerar uma folha de pagamento”, exemplificou.

Depois de transitar pelo Direito e detalhar questões técnicas da área, o Telecomptec XII também recebeu um convidado com larga experiência. Morando na Irlanda, Jackson Felden trabalha com programas de capacitação em serviços de cloud computing e deu orientações sobre a preparação para carreiras em serviços de nuvem Microsoft, dos processos de seleção e questões burocráticas do país, como a concessão de visto de trabalho.

Se a Era é de dados e eles são como petróleo, saber como protegê-los também tem alto valor: “Data Analytcs está crescendo bastante, as pessoas tendo dados e não saber usar não adianta nada. Se alguém está indeciso em qual área focar, segurança é uma área de muito sucesso. Em termos de qualquer coisa relacionado à arquitetura de segurança, tem muita demanda e não tem profissional qualificado suficiente para essa demanda.”, pontuou Jackson, que destacou, ainda, a remuneração, os requisitos e a rotina de um profissional de TI no país europeu.

O segundo dia do Telecomptec foi transmitido pelo Youtube e está disponível na íntegra, através do link abaixo.

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