Quantas vezes você apostou naquela peça mais cara e depois de anos usou a mesma apenas uma vez? Isso acontece bastante e inspiradas neste cenário, duas estudantes de Engenharia de Produção da Universidade La Salle criaram o Nosso Closet, Guarda-Roupa Compartilhado. “Como estudantes aprendemos que tudo que está parado em nosso guarda-roupa é estoque, é dinheiro parado. Percebemos, por outro lado, uma vontade e desejo das mulheres de estarem sempre bem vestidas e não repetirem roupas, muito em função das fotos em redes sociais”, contextualiza Aline Dornelles, sócia do Nosso Closet em parceria com a estudante Natália Martinelli.
A proposta é bem simples: você monta um look (que pode ter até duas peças) e paga um valor fixo pelo aluguel, R$ 25. As peças precisam ser devolvidas em até sete dias. No acervo, que inicialmente conta com cerca de 100 peças vindas do closet das donas do negócio, estão saias, blusas, vestidos, calças, entre outros itens. “Agora estamos analisando um plano de assinaturas mensais e, no futuro, um aplicativo”, detalha Aline. O negócio começou no início de novembro, apenas pela internet, e desde o 8/12 conta com uma sede física no centro da Canoas. “Tem também a possibilidade de quem for alugar a roupa deixar uma peça sua para alugar. Dessa forma a pessoa ganha 10 reais de desconto no aluguel de um novo look. A peça fica emprestada, a qualquer momento a dona pode vir retirar”, explica.
Nosso Closet surgiu em disciplina da Universidade La Salle
A ideia do negócio surgiu no início do semestre na disciplina de Elaboração de Projetos onde as alunas foram desafiadas a pensarem em algo inovador. “A disciplina prevê uma prática chamada Escritório de Projetos na qual os grupos desenvolvem projetos em equipes utilizando técnicas e ferramentas como Project Model Canvas, PM Visual e PMBOK com temáticas livres e este grupo buscou fazê-lo como negócio e pela evolução decidiram colocá-lo em prática”, explica o professor Sílvio Denicol Júnior. Ele avalia ainda que os primeiros testes mostraram que o Nosso Closet tem potencial. “Vejo diferenciais como o acesso, exclusividade, compartilhamento, consumo responsável e sustentabilidade”, detalhou.
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