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Brindando a todos com sua visão de um mundo em transformação, Maffesoli conduziu um público seleto de pesquisadores e colaboradores da Universidade La Salle na manhã desta sexta-feira (24) em uma viagem pelo início da modernidade e por tudo que podemos esperar depois de seu fim. "A modernidade já passou. Foi uma bela coisa, mas tudo passa, tudo quebra, tudo cansa", compartilhou o sociólogo, que acredita que estamos vivendo um fechamento desta época, um parêntesis assim como vários outros que a humanidade já viveu. "Acredito que estamos vivendo um conformismo lógico. Permanecemos ligados a ideias ultrapassadas e não apreciamos o que está nascendo e o que está por nascer. Assim como uma estrela, que permanecemos contemplando no céu mesmo depois de sua morte”, comentou uma das maiores referências da sociologia no mundo.

O fim de um mundo não é o fim do mundo

E o que Maffesoli pode falar do que está por vir? O teórico revelou que só é possível dar indícios. "A construção acontece a partir do caos. Também, pode parecer duro, mas não acredito na individualidade como uma possibilidade na pós-modernidade. Uma pessoa é múltipla e precisamos retornar ao conceito de alteridade e coexistência com as diferenças".

O teórico também trouxe uma descrença no futuro do economicismo e do materialismo, assim como no valor do trabalho da forma que hoje conhecemos. Para Maffesoli, as marcas do mundo moderno foram o racionalismo e o utilitarismo, que adiaram o prazer e nos deixaram viver sempre projetando o futuro. "O criar vai se sobrepor ao trabalhar. Vamos viver um movimento de capilarização da experiência criativa”. E mesmo que não possamos perceber muito bem, o mundo está sempre mudando. Segundo o sociólogo, “as verdadeiras revoluções se manifestam a passos de pombas. São discretas e estão sendo feitas, mesmo que de forma mais discreta”.

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