TENDÊNCIAS PROFISSIONAIS

O mundo do trabalho mudou, em grande parte por conta do avanço do digital. Escritórios fluidos, dinheiro digital e proteção de dados são alguns assuntos que estão em alta e tem tudo para continuar sendo tendência nos próximos anos.


ESCRITÓRIOS FLUIDOS


Segundo o Observatório Sistema FIEP, “a adesão massiva ao trabalho remoto coloca em marcha um grande movimento de transformação no conceito dos espaços laborais”. De solução temporária na pandemia, o home office foi adotado por muitas empresas por tempo indeterminado, assim como os escritórios mais fluidos, com regime de trabalho híbrido. “Como toda mudança, essa transição exige um processo de adaptação”, alerta Andrea Goldani, docente do curso de Psicologia do Unilasalle-RJ, “Adaptação pressupõe flexibilidade. Ser flexível para lidar com uma nova realidade, fazendo os devidos enfrentamentos, sabendo que sempre haverá prós e contras. Cuidar da saúde mental para que esse processo tenha êxito é crucial”.


DINHEIRO DIGITAL E COMÉRCIO EXTERIOR


O setor financeiro também se integra cada vez mais às tecnologias, possibilitando, inclusive, a ascensão das criptomoedas, dinheiro que circula apenas no ambiente virtual. Para Bruna Jaeger, professora do curso de Relações Internacionais do Unilasalle, as criptomoedas são atrativas a nível internacional por possibilitarem uma troca sem a intervenção estatal e sem a dependência de políticas monetárias e fiscais. A docente avalia, no entanto, que o mais provável para agora é a entrada das moedas tradicionais no campo da digitalização financeira, uma estratégia que já vem sendo adotada com êxito pela China. O internacionalista precisa estar atento a esses cenários: “O dinheiro digital impacta o sistema financeiro internacional, mas também incide sobre questões geopolíticas, diplomáticas e empresariais, que precisam ser dominadas pelo profissional de RI”.


LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS


Tudo está na rede, inclusive os seus dados. Para barrar a disponibilização desenfreada das informações pessoais, surgiu a Lei Geral de Proteção de Dados, aplicada a partir de setembro de 2020. “Qualquer ambiente que venha a reter dados pessoais terá de ter políticas de proteção deles”, explica Carlos Lemos, professor do curso de Sistemas de Informação do Unilasalle. A LGPD tem um papel fundamental no surgimento de um novo tipo de profissional, o Data Protection Officer, responsável legal pelo gerenciamento dos dados de uma empresa, que pode ser egresso de cursos como SI, Direito e Administração. “É necessário incluir nos planos pedagógicos das universidades disciplinas que atendam a esta demanda  para entregarmos ao mercado de trabalho um profissional preparado para enfrentar desafios”, sinaliza Lemos.


Por Maria Eduarda Barros e Marianna Lopes / Revisão: Luiza Gould
Ascom Unilasalle-RJ

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