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Ação Comunitária promove Seminário de Formação e leva voluntários para agir no Pé Pequeno e Bairro de Fátima

Teoria e prática. Um necessário ao outro para que, ao fim do dia, as crianças brinquem tranquilas com as pipas que confeccionaram, os adolescentes saiam da sala de aula com planos para ter seus óculos 3D caseiros, os adultos cuidem da beleza, da saúde, da profissão. É por acreditar nesta combinação que o Setor de Ação Comunitária (SEAC) iniciou o ano novamente com um Seminário de Formação para, pouco depois, levar os voluntários ao exercício do que aprenderam no dia de serviços voltados à comunidade do Pé Pequeno e Bairro de Fátima. Neste ano, pela primeira vez a equipe contou com o espaço da Escola Santos Dumont para realizar as atividades. O resultado foi a oferta de novas oficinas e o maior conforto para moradores, voluntários e parceiros. Novamente a Street Store montou sua loja e a Cruz Vermelha trouxe sua estrutura para atendimento à população. No dia 6 de abril, os olhos estavam em quem chegava e precisava ser atendido e as mãos entregues, dispostas a ajudar, carregando o peso que fosse, ou, simplesmente, apertando outras no gesto de acolhimento.

A preparação para o grande dia começou em 23 de março. No Auditório La Salle, todos os alunos interessados em projetos da Ação Comunitária tiveram manhã e tarde para exercitar os ouvidos: a audição foi o sentido mais requerido. Assim, as cerca de 90 pessoas que compareceram ao Seminário puderam escutar as orientações de Livia Ribeiro, coordenadora do SEAC, sobre o que fazer e o que não fazer na hora da prática, assim como as palavras do reitor. O Irmão Jardelino Menegat visitou os estudantes durante a manhã de sábado e falou sobre desigualdade: “Aquilo que me falta não é nem 1/3, 1/5, 1/10, muitas vezes, daquilo que está faltando para o outro. O pouco que nós podemos dar é o muito que vamos receber. Seremos transformados e esta é nossa missão enquanto instituição”. O dia ainda contaria com os ouvidos atentos dos voluntários à mesa “A importância do voluntariado na vida acadêmica, profissional e pessoal”, reunindo parceiros do Unilasalle-RJ em projetos sociais.

CONFIRA ALGUMAS FALAS DA MESA

HORA DA PRÁTICA

Não por acaso a professora Suenne Righetti elege a Ação no Pé Pequeno como a principal etapa, aquela que dá “alma”, ao processo seletivo do Projeto Rondon. “Aqui podemos avaliar desde o horário de chegada do voluntário até a proatividade”, explica, “É como ele atua na prática. Podemos ver como acolheram a comunidade, como foi a interação deles, a troca com a equipe da Ação Comunitária”. Características cruciais para o grupo que embarcará em julho para a Operação Vale do Acre. Dos 30 graduandos que participam da seleção, oito serão escolhidos por Suenne e pelo docente Roberto Primo para se tornar rondonistas, indo oferecer oficinas por 17 dias aos moradores do município de Plácido de Castro, Acre. No dia 6, 10 alunos do Unilasalle-RJ que já viveram a experiência também foram fazer o bem na Escola Santos Dumont e ser “os olhos” de Suenne, avaliando a atuação dos voluntários candidatos a vestir definitivamente a camisa amarela do projeto do Ministério da Defesa.

O grupo do Rondon se preparou para ministrar oficinas de Finanças pessoais; Empreendedorismo; Fotografia; Ferramentas do Google e realidade virtual; Consumo sustentável; Faça você mesmo, com customização de roupas; Ar-condicionado de garrafa PET, além de brincadeiras para as crianças ligadas à Educação Ambiental. Muitas dessas aulas só foram possíveis nesta edição por conta da parceria feita entre o Setor de Ação Comunitária e a Escola Santos Dumont, que cedeu sua estrutura para o dia de atividades aos moradores da comunidade.


Comandada por Suzana Perlingeiro, a escola recebe diariamente crianças do Pé Pequeno, Bairro de Fátima e outras localidades de Niterói. “Atendemos comunidades muito carentes. No Pé Pequeno, ainda temos casas melhores, de alvenaria, mas atendemos também a favela do Sabão, Boavista, crianças que precisam de quase tudo. Essa assistência que vocês estão dando, com a confecção de currículos, por exemplo, é a assistência que as famílias vêm buscar conosco. Precisa de alguém que ouça, entenda, então espero que seja a primeira de muitas ações aqui”, sintetizou a diretora. Já o diretor adjunto Ricardo Gonçalves ressalta a possibilidade de “validar o espaço público”, em referência ao fato da Escola Santos Dumont ser municipal: “Estamos tentando ao máximo usar os ambientes da escola, começamos a fazer eventualmente aos sábados eventos abertos à comunidade. Por isso, logo nos interessamos pelo projeto, que também nos aproxima da comunidade”.

Em cada membro dela está a razão de ser do Setor de Ação Comunitária e da própria Rede La Salle como Livia Ribeiro deixou claro na fala aos voluntários, antes do início das atividades. A coordenadora citou os 300 anos do legado de São João Batista de La Salle para falar da ação que “tem a cara do que mais importa na instituição, que é esse trabalho com os mais pobres, aqueles que mais necessitam”. “Entretanto, queria que nos déssemos conta de que somos nós que aprendemos muito neste percurso. Parece que ajudamos o outro, mas somos nós que saímos cheios de bem”, assegurou Livia.

DEPOIMENTOS DE VOLUNTÁRIOS E MORADORES

Por Luiza Gould

Fotos de Adriana Torres e Luiza Gould

Ascom Unilasalle-RJ

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