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“Aqui é um centro comercial. Bem próximo estão as casas, há a praça com um monumento, se você reparar bem, outra repleta de vegetação. Logo ali vemos o estádio”. A descrição se refere a uma cidade planejada e construída... em couro vegetal. No trabalho da aluna Elvira Santana, a maquete se materializa como capa durante a Oficina de Encadernação. Com menos de um mês do início das aulas, nos dias 15 e 16 de março, os calouros de Arquitetura e Urbanismo tiveram que utilizar linhas, agulhas, furador, régua, papeis diversos e muita criatividade para criar sketchbooks, contando com o auxílio de Ciro Najar, futuro colega de profissão.

 

 

 

O convite ao arquiteto partiu da professora Elisabete Reis, como uma das atividades programadas para Ateliê Integrado I. A finalidade da disciplina, na visão da docente, é "compreender a arquitetura e algumas de suas dimensões a partir da perspectiva da experiência e da percepção do lugar". Percepção e experiência. Com essas palavras-chave em mente, os alunos, tanto do turno da manhã quanto da noite, confeccionaram ao menos um caderno durante os dois encontros. 

“Estamos habituados, quase sempre, a aprender a teoria para, só depois, partir para a experiência vivida, e aqui não é assim”, explica, “Focando apenas na teoria, cada vez mais deixamos de acreditar nos nossos sentidos como maneira confiável de compreender a vida; como consequência, nos perdemos em abstrações. Assim, pouco a pouco, nos distanciamos do cotidiano e, cada vez mais, os lugares que nos rodeiam deixam de ter significado e sentido”.  

O resultado vem em forma de aprovação por parte dos mais interessados: os alunos. “Estou amando”, resume Elvira, que lista entre os motivos da afirmação “as metodologias ativas usadas”. Em arquitetura, tais metodologias se resumem na proposta da Sala de aula viva, experimentada na disciplina. Também no entender da discente, há ganhos em trabalhar com a prática para entender a teoria, já que “é muito mais proveitoso, a curiosidade é aguçada, então fica muito mais fácil trazer a técnica”. E não para por aí! A ideia é que os frutos do aprendizado da oficina sejam colhidos ao longo do semestre, como antecipa Elisabete: "Cada aluno criou o seu próprio caderno de croquis, escolhendo o seu formato e criando expressões individuais na identificação das capas. Agora queremos que eles construam o conteúdo interno do caderno, a partir das descrições das aulas externas e reflexões dialogadas em ateliê. Batizamos os cadernos com o nome ‘Fragmentos de um discurso arquitetônico’, uma alusão a livro de Roland Barthes".

Confira nas fotos as produções na Oficina de Encadernação:

MANHà

 

 

 

 

 

NOITE 

 

 

Por Luiza Gould

Fotos de Beatriz Siqueira, Luiza Gould e Elisabete Reis

 

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