Menu

Os alunos do curso de Relações Internacionais inovaram na hora de aprender uma das disciplinas mais técnicas da grade curricular. A aula de “Teoria das Relações Internacionais I”, lecionada pela professora Letícia Simões, contou com explicações dos próprios discentes da turma de 3º período do curso, para quem a disciplina é ministrada. Eles elaboraram curtas-metragens para fixar o conteúdo e, ao mesmo tempo, repassá-lo aos seus colegas de classe.

A docente explica que trabalhou com uma técnica chamada ‘active learning’, um método de ensino que se esforça para envolver mais diretamente os alunos no processo de aprendizagem. Letícia os orientou a formarem o total de seis grupos, cada um composto por, em média, 5 alunos. Nem todos precisaram aparecer, logo, alguns ficaram responsáveis por roteiro, filmagem e edição.

Como a disciplina é uma das mais complexas, com textos que nem sempre são de fácil leitura, a professora optou por algo que desenvolvesse o entendimento dos alunos. “Uma das maneiras de trabalhar o conteúdo, denso e extenso é através de debates que ocorrem durante alguns momentos historicamente importantes do século XX”, explica Letícia sobre o tema dos curtas. Focados no tema, os grupos usaram da imaginação para poderem apresentar seus pequenos vídeos aos colegas de classe, e, claro, à professora.

A criatividade foi a estrela principal dos curtas, inspirados em programas de esportes, tutoriais de maquiagem, paródias de rap, e encenações teatrais. O melhor grupo ganhou meio ponto, mas isso não foi o primordial para a realização dos trabalhos, e sim a aprendizagem.  Vendo o empenho deles, Letícia surpreendeu-se: “Percebi que todos os grupos se esforçaram para fazer uma boa atividade, e resolvi premiar a todos com caixas de chocolate, encaixando cada um dos curtas em uma categoria do Oscar. Ganharam prêmios individuais os dois alunos mais tímidos da turma, como melhor ator e melhor atriz”.

O grupo vencedor foi o que produziu o vídeo com inspiração do Telecurso 2000, explicando o conteúdo da disciplina em forma de um aulão descontraído. “A iniciativa da professora Letícia Simões é extremamente importante, se entendida como uma inclinação a um movimento de renovação na maneira com que nós, alunos, podemos ser avaliados ao desenvolver conteúdos para o curso” comenta Isaac Cezar da Silva Barbosa, de 19 anos, um dos integrantes da equipe campeã.

Para Barbosa poder trabalhar com o audiovisual na graduação de RI permite aos estudantes desenvolver possíveis habilidades que tenham, mas que acabam sendo “atrofiadas pela demanda ostensiva por produção textual na Academia”. No processo de produção, no entanto, dificuldades não deixaram de surgir, e não foi diferente neste caso. “Os desafios envolveram nosso amadorismo. De início, poucos de nós sabíamos usar um editor de vídeo, fazer roteiro ou gravar áudio das filmagens de forma a manter a mensagem inteligível”, lembra, “Mas, superada esta fase nos permitimos ser criativos: improvisamos, inventamos, nos divertimos muito!”

 

 

Entre em Contato