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‘Idosos e soluções para bem viver’ foi o tema da segunda maratona de programação do Unilasalle-RJ

Vi.Vô. Duas silabadas formam a palavra e logo a mente inicia suas associações: basta substituir uma vogal para termos “vovô”, basta retirar um acento para lermos “vivo”. Os “avós estão mais vivos do que nunca”, diz o slogan, completando os sentidos. É porque eles estão aqui e precisam de afeto, atenção, cuidado, que nasce a ideia do Vi.Vô. O projeto vencedor do Hackathon 60+ (o nome é referência àqueles com idade igual ou superior a 60 anos, considerados idosos pela lei 10.741/03, no artigo 1º – Estatuto do Idoso) é um aplicativo que busca encontrar “netos” voluntários para os idosos. A proposta é que o voluntário possa passear e dispor de seu tempo para interagir com o idoso, após ambos se cadastrarem no aplicativo, que disponibiliza dados de localização e chat. É dessa maneira que Guilherme Oliveira, Gustavo Frazão, Louise Laclau, Lucas Lattanzi, Moises Bernardo e Rafaela Oliveira pretendem reduzir o isolamento social na terceira idade, um dos seis desafios propostos pelos professores para estimular a proposta de soluções dos alunos, na segunda edição da maratona tecnológica do centro universitário.

Entre os dias 25 e 27 de outubro os participantes viveram 54 horas de muita ação, construindo modelo de negócio, desenvolvendo protótipo e apresentando os resultados para banca julgadora. Desta vez a missão dos grupos era gerar produtos que respondessem à pergunta “Com o apoio da tecnologia, como podemos resolver alguns dos problemas do dia a dia do idoso?”. Ao todo era possível escolher entre seis desafios como ponto de partida: identificar travessias de pedestres perigosas para idosos; facilitar interface com tecnologia; redução de isolamento social; auxílio ao tratamento domiciliar de doenças; inserção no mercado de trabalho; idosos desaparecidos; empoderar e reduzir o risco para o idoso na tomada de crédito; desafio fisioterapia.

“É uma maratona, então é bastante cansativo, mas o Hackathon estimula seu raciocínio, sua interação direta com outras pessoas, você trabalha com ideias e estuda a atualidade. Requer conhecimentos atuais e capacidade de improvisação porque são menos de 72 horas para desenvolver algo útil”, avalia Lucas Lattanzi, de 22 anos. Atualmente no 6º período, o aluno de Sistemas de Informação integrou o grupo vencedor desta edição, após chegar bem perto da vitória no Hackathon do ano passado. Em 2018, ele ficou em segundo lugar na competição ao desenvolver um chatbot (programa de computador que simula uma conversa entre pessoas) vinculado ao Facebook para auxiliar a IBM a conceder empréstimos. Como prêmio do Hackathon 60+, a equipe ganhou pares de ingresso para jantar em restaurante, show e teatro. Mas ainda há conquistas pela frente. A aceleradora de startups Sai do Papel, abraçou a ideia do Vi.Vô e agora auxilia o grupo no crescimento do negócio.

Conheça os três primeiros colocados no Hackathon 60+

Mas não só quem conquistou o primeiro lugar comemora por ter escolhido participar da maratona de programação. O calouro Daniel Prazeres nem bem ingressou no Ensino Superior e já conseguiu um contrato de estágio. Apesar de sua equipe não estar entre as três primeiras colocadas, o desempenho de Daniel no Hackathon chamou a atenção do CEO da 2Tech, empresa que atua no desenvolvimento de software para crédito consignado. “Para mim o Hackathon além de ser uma chance de aprendizado na prática, foi uma excelente oportunidade de networking”, comenta Daniel, “Nunca imaginei que no primeiro período eu conseguiria um estágio. Quando recebi a mensagem do Gusttavo no LinkedIn falando que me viu na maratona e me convidando para uma conversa, fiquei sem reação. Assim como a 2tech foi à essa edição, várias sempre vão”.


Daniel (o primeiro da esquerda para a direita) junto do seu grupo e em ação, durante o pitch, apresentando seu projeto
 

O CEO é Gusttavo Stoffrel, também estreante em Hackathons, mas satisfeito com o que acompanhou. Após a competição no Unilasalle-RJ, ele constata que as maratonas “simulam muito bem o mundo real das empresas, onde é necessário muito esforço e talento para vencer. Para nós é também uma excelente oportunidade de encontrar talentos”. Não demora para ele passar a falar de Daniel Prazeres: “O Daniel fez uma apresentação brilhante. Ele demonstrou uma habilidade de comunicação muito diferenciada ao interagir com a banca e outros participantes. Atualmente, ele desempenha um papel importante no nosso time de Suporte ao Cliente. Com essa qualidade de trabalho, será um futuro profissional de enorme sucesso”. Além do aluno de 1º período, Stoffrel está em contato com outros estudantes que conheceu no Hackathon, pois entende "que a proximidade com o Unilasalle nos dá acesso a um capital humano muito rico. No Unilasalle os estudantes desenvolvem fundamentos muito sólidos e possuem uma estrutura física e pedagógica de alto nível”.

O Hackathon 60+ “Idosos e soluções para bem viver” contou com a presença de empresas privadas, da Universidade Federal Fluminense, de colaboradores voluntários e de apresentação do Coral da ASPI-UFF. O troféu personalizado, com a logomarca do evento, foi feito em impressora 3D. “Acredito que nesses três intensos dias estreitamos ainda mais os laços e criamos mais possibilidades para os nossos alunos. Eles também cresceram em termos de resultados. Todas as equipes propuseram soluções dentro do tema. Uns investiram mais em novas tecnologias, como assistente de inteligência artificial da Amazon, outros no uso de dispositivos físicos de IoT, como o Arduino. A maioria apostou nos aplicativos de celular. Também houve bastante esmero na produção dos pitches, as ‘apresentações rápidas’, gerando emoção na plateia e curiosidade dos jurados. Os alunos deram um show”, conclui Alex Salgado, professor de Sistemas de Informação e um dos organizadores do Hackathon.

Por Luiza Gould

Fotos João Loureiro e Alex Salgado

Ascom Unilasalle-RJ

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