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O formato é o de pequena duração. Bem menor se comparado às bilheterias do cinema (“O Hobbit”, por exemplo, se desenrola ao longo de mais de três horas), os curtas precisam ter até 20 minutos. Esse é o desafio que o Centro Universitário La Salle do Rio de Janeiro coloca a qualquer morador do estado nos próximos meses. Em homenagem ao seu aniversário, a instituição lança o “Festival de Curtas-Metragens 15 anos do Unilasalle-RJ”, com direito à júri composto por profissionais do campo audiovisual do Norte/Nordeste; Centro/Sudeste; Sul, além de premiação no valor de R$ 2 mil ao primeiro colocado. As inscrições se encerram no dia 14 de agosto.  

Para participar, os concorrentes devem se ater a algumas regras: as histórias precisam ser não-ficcionais, originais, em formato audiovisual, ter a duração de 20 minutos, a produção deve ser feita por equipe de até quatro pessoas e a logomarca da instituição é necessária. Não é estipulado como os curtas serão gravados, portanto, até o uso do celular enquanto dispositivo para a filmagem está valendo. Também não é necessária nenhuma formação em cinema ou outro curso da área. Já o tema que une os curtas é “Jovem com experiência”. Rodrigo Monteiro, um dos organizadores do Festival, explica esta escolha com o termo “metáfora”.

“A presença lassalista no ensino superior em Niterói tem só 15 anos, mas isso não quer dizer que não tenhamos sucesso, pelo contrário, temos méritos a serem celebrados e nós acreditamos que pessoas e outras instituições também possuam histórias com o mesmo significado. Queremos ilustrar dimensões diferentes, alternativas da nossa”, argumenta, fornecendo ainda exemplo, “O curta pode acompanhar a rotina de uma produtora de brownies com pouca idade, que, apesar de jovem já conhece seus caminhos, tem um negócio bem-sucedido, faz planos”. E o que é jovem neste contexto? O próprio Monteiro se faz a pergunta: “Não sei, o concorrente vai, com o seu trabalho, mostrar sua opinião sobre o que considera ser a juventude”.  

Para o crítico de teatro, o Unilasalle-RJ se enquadra, a partir do Festival, em contexto mais amplo, que faz muitos brasileiros quererem se tornar youtubers. “Estamos falando de uma valorização da prática audiovisual, característica essa tão cara à contemporaneidade, sobretudo após o advento da internet”, afirma Monteiro, “As pessoas hoje dominam esta linguagem muito mais do que há 20 anos, pois o acesso é maior. Esse conhecimento está acumulado e advém de origens diversas. Todos têm contato com câmera de algum modo, seja o celular, tablet, computador. Todos postam vídeos, seja em Facebook, Instagram, Snapchat, Youtube ou Vimeo”.

O Festival se divide em cinco fases, contemplando Produção, Postagem, Inscrição, Avaliação, Premiação e Divulgação. O júri, reunindo nomes das macrorregiões brasileiras, tem o objetivo de fazer com que o audiovisual fluminense seja conhecido em todo o território nacional e, em contrapartida, aproxima talentos naturais do estado de profissionais renomados no meio. O resultado será divulgado no dia 28 de agosto, mesma data em que o Unilasalle-RJ abre suas portas para exibir os cinco melhores curtas.  

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