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Um a um os dias eram marcados no calendário e o silêncio nos corredores tinha seus momentos contados. Assim passaram-se semanas e as semanas viraram meses. Em 24 de agosto, no entanto, ao invés do “x” para representar simbolicamente novas 24 horas vividas, o realce foi em círculo vermelho, como a avisar: Esse é o dia! E era mesmo, ali começava oficialmente um novo semestre no Unilasalle-RJ, calouros criando laços com veteranos e uma agitação a encher novamente de sons as salas, os laboratórios, os espaços de convivência.  Saiba como foi a irreverente Acolhida 2017.2 em resumos de cada evento e fotos:

 

Aula Inaugural Engenharias e Sistemas de Informação

Felipe Serafana estava em ano de vestibular naquele 2009 quando encarou o fogo. O prédio em chamas, as pessoas correndo desesperadas e Felipe na direção oposta, indo tentar salvar quem precisasse. Chegou a um impasse na frente de determinado apartamento: a porta trancada, a fumaça aumentando e a falta de informação se tinha alguém lá dentro. “Sem pensar muito, tentei quebrar o vidro para abrir a porta, cortei meu braço, minha mão, meu dedo. E eu percebi que sozinho, sem capacitação, sem planejamento e sem equipamentos eu não conseguiria mudar aquilo, mesmo cheio de vontade”. A fala é do próprio Serafana, agora estudante de Engenharia Civil na UFF, 7º período. Aliando a vontade de mudar o mundo com o amadurecimento, ele descobriu que pode fazer isso através do voluntariado, através do Engenheiros sem Fronteiras (ESF), projeto escolhido como tema da Aula Inaugural dos cursos de Engenharia e Sistemas de Informação. A palestra do grupo nos dias 17 e 18 de agosto anunciava o início do que, na semana seguinte, seria a Acolhida 2017.2.

 

 

Como explicou a coordenadora de Engenharia de Produção, Inês Vasconcellos, o grupo foi convidado a apresentar seus trabalhos na Aula Inaugural por conta de parcerias que serão buscadas entre o Unilasalle-RJ e o ESF. Coube a Karine Rocha, aluna de Inês, explicar um pouco mais sobre esse trabalho. “Somos uma rede internacional, presente em mais de 50 países. No Brasil, surgiu em Viçosa, Minas Gerais, e já soma 35 grupos. Apesar do nome, o ESF não é voltado só para engenheiros. Queremos solucionar problemas socioambientes da região, levar aprendizado ambiental para áreas sociais carentes, contribuir para uma cidade melhor”, pontuou a estudante.    

Na oportunidade, o Setor de Ação Comunitária e o Escritório Intranacional listaram aos alunos as atividades que serão oferecidas neste segundo semestre.

 

Lounge Social Lassalista

 

Poofs, sofás, fotos nas paredes, bandeirinhas dos países para os quais já viajamos como decoração. A descrição faz lembrar a sala de casa. E era essa justamente a intenção: fazer os alunos se sentirem no ambiente mais acolhedor que pudessem ter como referência. O espaço Social Lassalista, montado na Varanda Cultural, foi uma iniciativa do (SEAC) em parceira com o Escritório Internacional, para recepcionar os alunos e mantê-los informados a respeito das atividades dos dois setores.   

 

“Suspiro Colegial: O Musical”

Romeu passa a peça descobrindo não gostar tanto assim da namorada, sempre muito preocupada com as aparências, até a chegada de Mariana na escola, quando se apaixona de vez. Cueca, com seu sotaque espanhol, descobre o feminismo a partir de Iza e os dois passam a ver em Frida Kahlo um ícone. Bianca quer mesmo é curtir, mas descobre a maturidade ao enfrentar junto de Edu um drama familiar dele. A irmã Úrsula, por sua vez, descobre que mesmo quando o que queremos não vem, como passar no vestibular para Medicina, o mundo nos surpreende, e ela se vê pronta para assumir um compromisso com outra menina. Lui parece a voz da sabedoria do grupo, e nas suas reflexões, descobre como pode voar mesmo com suas limitações físicas.

 

 

 

Esses são alguns dos personagens e das histórias abordadas em “Suspiro Colegial: O Musical”, peça feita por jovens discutindo os dilemas da sua idade no palco. A atração marcou a parte da manhã da Acolhida, arrancando risadas do público, no Centro Cultural Irmão Amadeu.  

 

Cabine fotográfica, shows e Food Trucks

Grande novidade da Acolhida 2017.2, a cabine fotográfica criou fila na Varanda Cultural, contabilizando 277 clicks, disponibilizados no Facebook do Unilasalle-RJ. Junto às fotos, os Food Trucks e barracas forneceram delícias por dois dias. Para a música não ficar de fora, foram convidadas as bandas 7Segundos e The Brothers, uma com apresentação na noite de quinta e outra na noite de sexta, encerrando a semana.

As atrações foram bem recebidas por três amigas de Engenharia de Produção, que conversaram com o site do Unilasalle-RJ enquanto esperavam para a tão aguardada sessão na cabine. Para Natália Guimarães, de 25 anos, a série de atrativos oferecidos na volta às aulas distancia o centro universitário de outras instituições, onde, por sua vez, “o primeiro contato entre todo mundo costuma ser no trote e, muitas vezes, ele é agressivo”. “Ações como essas são importantes, pois assim como muitos chegam com amigos, outros tantos não conhecem ninguém, é um diferencial a Acolhida”, avaliou.  No último ano do curso, Luana Azevedo, de 21 anos, também é só elogios à programação. “Em momentos como esse, criamos e estreitamos laços. Apesar de ser uma instituição de ensino, a cabine, o show, mostram que também é um local de diversão, de se sentir bem”, disse sendo complementada por Monique Gários, de 24 anos: “Resumo este dia com a palavra entrosamento”.

 

  

 

 

Oportunidades do Mundo Universitário

Cadeiras fora dor ordenamento corriqueiro dos espaços escolares, poofs, música, ambiente descontraído para o público relaxar e colocar o papo em dia, contar um pouco de si, falar de suas inseguranças, conhecer o outro. Assim surgiu o “Desafios do Mundo Universitário”, em março de 2016, organizado pelos professores Márcia Sadok, coordenadora de Sistemas de Informação, Julio D’Amato, psicólogo e docente da casa, e Adriana Arezzo, que ministra disciplinas ligadas à Sociologia em diversos cursos.   

Um ano depois, o tema em pauta deixou de ser o desafio, as inseguranças, para ganhar a conotação das oportunidades. Desta vez tendo Livia Ribeiro (Ação Comunitária) e Alice Gravelle (Escritório Internacional) à frente, o encontro contou com depoimentos de egressos e divulgação dos mesmos projetos apresentados no Lounge Social Lassalista. Para falar a respeito dos diversos programas de intercâmbio, Alice convidou quem já passou por essa experiência, dentre eles João Raphael Martins da Silva Gil.

Aprovado em mestrado na Central Europen University, da Hungria, o então bolsista de Relações Internacionais mobilizou amigos de faculdade e desconhecidos em campanha na internet, em busca dos tão sonhados R$ 6 mil para arcar com a mensalidade na Europa. Vindo de família humilde, filho da Dona Márcia, morta em acidente de carro no início da graduação, João Raphael virou matéria na Record e em diversos jornais, dentre eles o Extra, por saber aproveitar como poucos as oportunidades recebidas. Melhor personagem para o evento do dia 24 impossível! Direto de Budapeste, ele fez uma transmissão ao vivo com os novos lassalistas.

“Nas viagens que fiz, pude perceber que a La Salle é muito reconhecida internacionalmente, há essa identidade forte”, atestou, contando em seguida sobre sua base: “Vim fazer o mestrado também em RI, em uma turma de 34 pessoas vindas de 25 países, e a experiência que eu tive aí foi muito importante. No Unilasalle-RJ talvez não tenha tanta diversidade de nacionalidades no dia a dia, apesar de vocês receberem alunos da Colômbia, do México vez por outra. Mas participando dos programas, você tem contato com estrangeiros, inclusive professores. É uma preparação para quando você vai para o exterior, passar muito tempo fora”.

João Raphael também falou sobre a rotina em Budapeste, arrancando gargalhadas do público em diversos momentos, como ao falar que é preciso sair da caixinha. “Se vocês têm a mente fechada, são frescos, fiquem aí. Eu cheguei aqui dizendo que não comia isso, não comia aquilo, cara, outro dia comi carne de cavalo”, lembrou. Pelo Skype, o internacionalista conseguiu conversar tanto com o grupo do turno da manhã quanto da noite.

MANHÃ

 

 

 

 

NOITE

 

  

 

Boas-vindas da Reitoria

Como de costume, o Irmão Jardelino Menegat, reitor do Unilasalle-RJ, falou aos calouros em dois momentos do dia 24, buscando nas palavras um primeiro entendimento por parte dos novos alunos a respeito do que é ser lassalista. “Temos uma expressão que muito nos caracteriza que é ‘Viva Jesus em nossos corações’ a que todos respondem ‘Para sempre’. Desejar que Jesus esteja no seu coração, independente da sua confissão religiosa, significa dizer para você que nós queremos recebê-lo, nós te valorizamos, queremos que você tenha êxito na vida, desejamos o melhor para cada um, o que esperamos que encontrem ao longo desses quatro anos”, desejou.

Como se tratava do primeiro encontro dos estudantes com a reitoria, Menegat e o vice-reitor, Ronaldo Gismondi, apresentaram o Centro Universitário La Salle do Rio de Janeiro a seus novos integrantes, fornecendo informações sobre a rede, presente em mais de 80 países, e a tradição lassalista, advinda da filosofia de São João Batista de La Salle e dos Irmãos da congregação religiosa que ele funda em Reims, na França, em prol da educação voltada aos mais pobres. “Pretendemos sempre acolher, respeitar, cuidar e desenvolver as pessoas”, concluiu o reitor.

 

Doação ao Hemorio e inscrição de doadores de medula óssea

Se na quinta-feira, 24 de agosto, os estudantes receberam afeto, no dia seguinte era vez de oferecê-lo. O Hemorio montou novamente suas instalações no Auditório La Salle, em busca de bolsas de sangue. E conseguiu, exatamente 43, dentre 67 pessoas cadastradas – alguns apesar de fazerem cadastro, não se encontram habilitados a doar, o que é verificado pela equipe.  Deborah Carneiro, estudante do 2º período de Direito, foi uma das pessoas que ouviram o chamado da Ação Comunitária e vieram deixar um pouco de si que pode ser o muito de alguém.

“Eu nunca tinha doado, mas sempre tive curiosidade. Soube da oportunidade aqui e vi uma de ajudar aqueles que precisam de transfusão, da mesa de cirurgia a qualquer outro tipo de risco de vida. A sociedade precisa se mobilizar, ainda são poucos os doadores”, avaliou a aluna de 19 anos. Livia Ribeiro acredita ser positivo o saldo de bolsas: “Chegamos bem próximo do recolhido no início do ano, foram 51 bolsas daquela vez. Para o segundo semestre é um ótimo resultado, se considerarmos a entrada de um menor número de alunos nesta época”.

 

Além do Hemorio, a ONG DAVIDA Casa do Bom Samaritano passou pelas salas para conscientizar as turmas do turno da noite a respeito da importância do cadastro para doação de medula. A compatibilidade é difícil com uma em cada 100 mil pessoas do banco tendo o mesmo tipo, e, portanto, apto a doar.

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