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Ao longo de 2018 a Universidade La Salle recebeu mulheres trabalhadoras de sete cooperativas de reciclagem da região por conta do Projeto “A voz das catadoras” que tem como objetivo desenvolver o poder de fala, auxiliando na dicção e oratória das participantes. Cerca de 50 mulheres passaram pelo projeto este ano e na última quinta-feira, dia 22/11, um grupo delas participou da última atividade do ano, encerrando o módulo “mulheres, dinheiro e independência”. A atividade começou com um ritual de boas-vindas e na sequência elas puderam trocar experiências sobre independência financeira e administração do próprio dinheiro. “A ideia não é resolver os problemas aqui hoje, mas falar sobre isso antes que precisemos porque faltou dinheiro pra alguma coisa”, destacou Kellen Cristine Pasqualeto, da Apoena socioambiental, que junto com a Fernanda Schutz, da Cooperativa de Trabalho Vivá Moara, conduziram a tarde de atividades.

Michele Ferreira dos Santos, da Cooperativa Renascer, conta que é notável a evolução entre as mulheres. “Foi bom para nos fazer sentir mais à vontade para falar em público e para falarmos sobre alguns assuntos. Em muitos momentos eu me sentia numa terapia, ainda mais que estávamos só entre mulheres e as histórias, muitas vezes, são parecidas”. A Cooperativa Renascer é uma das incubadas na Incubadora de Empreendimentos Solidários Unilasalle - La Salle Tech e isso fez com a cooperativa pudesse se organizar melhor. “O fato de sermos incubadas nos ajudou sempre que tivemos alguma dificuldade e eles nos ajudaram com soluções na área administrativa. Éramos a única cooperativa de Canoas que não tinha logotipo, eles nos auxiliaram com o logo, com o regimento interno, missão, visão, valores, essas coisas”, destacou.

Projeto cresceu em número de oficinas e participantes na segunda edição

O projeto “A voz das catadoras” teve sua primeira edição em 2016. Na ocasião, a Universidade La Salle já atuou como parceria cedendo o espaço e contribuindo com as profissionais que fizeram conexões entre as instituições, tendo o apoio do PPG Memória Social e Bens Culturais. Além da Universidade, o projeto conta também com a parceria do Instituto Federal de Educação, do Fórum dos recicladores do Vale dos Sinos, da Apoena Socioambiental, além do Instituto Embelleze e Instituto Mix que entraram com a parcerias pontuais. O projeto também é financiado pela embaixada da Suíça.

Kellen Cristine Pasqualeto explica que assim como o projeto, a evolução das participantes é realmente perceptível. “A ideia sempre foi desenvolver a dicção e a oratória, mas, sobretudo, trabalhamos a autoestima e isso reflete não só na fala, mas também nas atitudes, até nos posts delas no Facebook, por exemplo”. No dia 15/12 acontecerá, na Universidade, a formatura do grupo de mulheres que participaram do projeto.

 

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