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Muitas são as campanhas sobre doação de órgão. Mas todas elas são unânimes em um ponto: é imprescindível que esse assunto seja tratado, principalmente, entre os familiares. E foi para reforçar essa ideia e ouvir um dos médicos referências nesse assunto, que a Liga Acadêmica de Fisioterapia Cardiopulmonar e Metabólica (Lifacam) da Universidade La Salle promoveu o Round Científico sobre transplante pulmonar e trouxe para a Instituição o Cirurgião Torácico e Chefe da equipe de transplante pulmonar da Santa Casa de Porto Alegre, o Dr. José de Camargo.

O evento lotou o auditório e contou com uma abertura dos professores Henrique Güths, Christian Coronel e Fabrício Fontoura, que deram as boas-vindas e introduziram o tema para o público composto por acadêmicos de diversos cursos da área da saúde da Instituição e de outras universidades.

Dr. Camargo iniciou sua fala destacando que o primeiro transplante pulmonar do Brasil foi realizado há 29 anos e que de lá pra cá o Rio Grande do Sul avançou e hoje é o sexto lugar em números de doação de órgãos no país. “Os números de transplantes só não são maiores por falta de doadores”. Entre os obstáculos para a doação, Camargo destacou a não comunicação médica, a ignorância, as notícias sensacionalistas na mídia e a falta de diálogo familiar. “É essencial falar com a família com antecedência, pois não podemos cobrar parentes num momento de perda e sofrimento”. O médico deu exemplos reais de pacientes transplantados e da mudança de suas vidas por meio de um gesto tão simples de quem pode doar, mas que envolve um sistema complexo para que aconteça.

O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em terapia Intensiva (Assobrafir).

Relatos de transplantados emocionou os participantes

A plateia do evento presenciou um momento singular logo após a fala do Dr. Camargo. Durante as perguntas, uma participante relatou sua decisão de não ser doadora. “Diante de tudo o que vemos na mídia, não consigo ficar tranquila para me declarar doadora e acho que isso não deveria ser visto como um crime”. Logo após sua fala, ela foi convidada a se apresentar diante do público que assistiu ao vídeo do Ministério da Saúde sobre a importância da doação de órgãos. A farsa acabou assim que o rosto da participante pareceu no telão.

Confira aqui o vídeo.

 

“O mais difícil pra mim nessa ação foi fingir que não sou doadora porque sou engajada nessa causa e sempre que tenho a oportunidade, faço esse papel de encorajar as pessoas a falarem sobre isso”, destacou Liège Gautério, atleta e transplantada de pulmão. Mas ela não foi a única. O acadêmico da Universidade, João Campello, também transplantado e que estava entre o público, contribuiu com o relato sobre a mudança de vida que passou e o quanto é grato a todos os profissionais envolvidos. 

Confira a galeria de fotos completa do evento.

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