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Trabalhar em um ambiente como um hospital garante que você estará em dia com sua saúde, certo? Nem sempre. É o que mostra um estudo do Programa de Qualidade de Saúde do Trabalhador, realizado em parceria pela Universidade La Salle com a Rede Divina Providência. Dos 174 colaboradores do Hospital Independência analisados no chamado Diagnóstico de Comunidade 23 tinham hipertensão, 21 tendinites/bursites e 15 depressão. As chamadas “patologias” devem ser tratadas, mas nem sempre é o que acontece. “Temos o exemplo de uma jovem que chegou para coletarmos os dados e descobrimos que ela tinha arritmia cardíaca não diagnosticada. Sentia cansaço, mas nunca fez exames para descobrir. Através dos trabalhos que realizamos aqui ela foi orientada, realizou exames e hoje recebe orientação psicológica preventiva para lidar com a ansiedade e persistir no tratamento”, explica o Prof. Me. Fabiano Silva da Silva, do curso de Enfermagem, da Área de Saúde e Qualidade de Vida. Além dessa área, trabalham de forma integrada no projeto os cursos de Nutrição, Psicologia e Fisioterapia. Os alunos, orientados pelos professores, realizam atendimentos em grupo e, depois, de forma individual nos consultórios cedidos pelo Hospital Independência. Em um dos consultórios acompanhamos o atendimento ao psicólogo do Hospital, Lucas Prado. Ele chegou ao programa no ano passado reclamando de dores nas costas e tensão. Sobre a maca a aluna do oitavo semestre de Enfermagem, Cristiane Stanieslawski, aplica em Lucas a técnica do toque terapêutico. A terapia alternativa, é desenvolvida por profissionais para destensionar e diminuir as dores musculares. “Com o toque terapêutico estou sem dor há dois meses. É importante esse atendimento, porque o profissional da saúde está sempre sobrecarregado e a própria saúde fica em último lugar”, relata Lucas.

No consultório ao lado os acadêmicos de Nutrição fazem o atendimento individual, orientando sobre a importância que uma dieta adequada pode ter para a saúde. “Semestre passado tivemos o caso de uma funcionária que perdeu 6 quilos. Ela tinha pressão alta e era cardiopata. Além de melhoras em relação aos sintomas, ela também passou a se ver de forma diferente, melhorando a autoestima”, relata a Prof. Me. Carmem Kieling Franco. Os prontuários são compartilhados entre todos, garantindo dessa forma o atendimento interdisciplinar e com olhar global. “Atendemos eles já sabendo que estão com estresse ou ansiedade, então já sabemos como direcionar o atendimento”, detalha a aluna do sétimo semestre de Enfermagem, Fernanda Dias.

Em 2016 o Programa de Qualidade de Saúde do Trabalhador realizou 870 atendimentos, entre atividades coletivas e individuais. Nas ações que acontecem de forma coletiva, está a visita a setores do hospital para atividades de relaxamento. “É um espaço de acolhimento do trabalhador. Já que cuidamos de pessoas é importante termos um olhar para dentro, para os nossos colaboradores”, explica a Psicóloga da Área de RH do Hospital Independência, Márcia Taborda. O hospital conta com 470 colaboradores e realiza atendimentos pelo SUS. Mensalmente, são cerca de 300 cirurgias, 2 mil consultas e 10 mil exames.     

Além de benéfica para os funcionários do hospital, a parceria também garante a qualificação do aluno como profissional. As práticas de estágio curricular básico e voluntário que o projeto oportuniza aos alunos favorecem o desenvolvimento do ensino por competências - onde o aluno pode ser protagonista no seu processo de aprendizagem: “A gente consegue perceber a evolução do aluno. Esse projeto é determinante, já que oportuniza a eles colocarem em prática o que aprendem em sala”, explica a Prof. Me. Gisleine Verlang Lourenço, do curso de Psicologia, que também realiza os atendimentos. O fato dos alunos, futuros profissionais da saúde, estarem no ambiente hospitalar também oportuniza que eles tenham uma visão real da prática do trabalho: “Observamos a melhora da criatividade, da responsabilidade e do estudo desses alunos, onde buscam o seu estágio com excelência interagindo com as equipes e visualizando o trabalho dos próprios Fisioterapeutas do hospital”, detalha a coordenadora do curso de Estética e Cosmética, Prof. Me. Adriane Bertotto.

Confira AQUI mais imagens do projeto. 

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