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Que a obesidade pode provocar doenças cardiológicas e de metabolismo já se sabe, são temas amplamente explorados em pesquisas acadêmicas. Agora, pesquisas da Universidade La Salle estão mostrando que quanto maior o IMC (índice de massa corporal) maiores são as alterações de humor, como depressão, ansiedade, alterações de ritmo biológico e sono. “Os estudos sobre obesidade são muito amplos e complexos e envolvem praticamente áreas de todo o organismo. Nossa opção é o estudo do comportamento juntamente com aspectos ligados ao cérebro”, explica o Prof. Dr. Júlio César Walz, coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar em Comportamento Obeso (Gepico).

A Pesquisa “O Comportamento do Sono e Obesidade: Um estudo de Prevalência em Crianças de 07 a 12 anos de idade em duas escolas do Município de Canoas – RS”, realizada entre os meses de março e junho de 2015 com alunos adolescentes da rede pública de Canoas concluiu que existe uma tendência maior de transtornos do sono em adolescentes obesos. Foram entrevistados 465 alunos. Desse total 30% eram obesos, 23% tinham sobrepeso e 47% peso dentro do “normal”. Ficou constatado que quanto maior o IMC mais aumentam os episódios de terror noturno, pesadelos, e mais os adolescentes dividem o quarto com os pais.

Já o estudo “Associação entre ritmo Biológico e Medidas Antropométricas, índice de massa corporal, com alterações psicológicas avaliadas pela Adult Self Report: Estudo de base populacional em adultos residentes na área urbana de um pequeno município do RS”, realizado em 2016 em uma cidade do vale do Paranhana, entrevistou 806 adultos. Desse total 54% apresentavam obesidade e sobrepeso. “Nosso estudo era para avaliar os sintomas de depressão e ansiedade e constatamos que na medida que aumenta o IMC aumentam os sintomas de depressão e ansiedade e alteração de ritmo biológico. Ou seja, IMC e alterações de área de humor tem uma base comum importante e estão intimamente relacionados”, explica o professor Júlio.

Conscientização da comunidade

Com objetivo de ampliar os debates sobre o tema acontece no dia 6/12 o Dia Gepico, na Universidade La Salle. Será realizada uma oficina para alunos de escolas públicas em um laboratório da Nutrição com objetivo de proporcionar uma vivência de cozinha: “Eles irão aprender alternativas alimentares baratas aos alimentos ultra processados, além de receberem informações do que são esses alimentos”, detalhes Walz. Em outra atividade, direcionada a professores da rede pública, os pesquisadores vão explicar como ler corretamente os rótulos de alimentos, com objetivo de ter uma rotina alimentar mais saudável. Também estão previstas ações direcionadas ao público acadêmico, explicando os resultados do Grupo de Pesquisa até o momento. A programação completa do evento você confere AQUI.

“A importância central do Gepico é, aos poucos, adquirir um ‘background’ que possa oferecer ajuda ao menos de educação alimentar e que respeite o cérebro como área altamente estressada pelo peso (processos inflamatórios), bem como pela péssima alimentação baseada em alimentos ultra processados”, finaliza Júlio. 

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