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sociedades e nações. A palavra KUMBUKUMBU, da língua swuahili, sintetiza essa relação entre objetos, documentos e a consciência do tempo. Ela costuma ser traduzida para o português como “memória”, “patrimônio” ou “recordação”. Em “KUMBUKUMBU: A África entre nós”, o Museu Histórico La Salle reúne uma coleção de objetos trazidos por docentes e discentes do Unilasalle em viagem pelo continente africano, bem como documentos e imagens  captados a partir de pesquisas para trabalhos em disciplinas de cursos de graduação da instituição.

A exposição está organizada em 4 conjuntos (máscaras; capulanas de Moçambique e imagens de mulheres; imagens de lugares turísticos)  e 3 vitrines com os temas: artesanato e mulheres. A intenção, de acordo com a Coordenadora e professora do PPG em Memória Social e Bens Culturais, Profª. Dra. Cleusa, Graebin, é, a partir da leitura dos objetos, mostrar a diversidade cultural e como tem se dado o olhar dos pesquisadores lassalistas sobre o continente e os povos africanos. “O olhar da curadoria não buscou o exótico, os conflitos ou as fragilidades econômicas que habitam o imaginário ocidental sobre o continente africano. Ao contrário: buscou-se destacar as múltiplas sensibilidades de artistas, artesãos, professores e alunos por meio de suas expressões criativas e simbólicas”, destacou.

Nesse sentido, destaca-se na exposição, o conjunto de reproduções de máscaras esculpidas na década de 2000, por Devaldo M. Júnior, quando aluno do curso de História do Unilasalle. Essas reproduções inspiraram Moa, Moacyr Vargas Júnior, escritor negrocanoense, a criar poemas evocando rituais e crenças de diferentes etnias africanas. “Trata-se de um belo exemplo dos intercâmbios culturais e artísticos que ensejam esta exposição”, afirma Profª Cleusa.

Cultura e arte são, efetivamente, testemunhos do passado que se revestem de atualidade quando admirados e problematizados em espaços museais. Não tanto pelo seu valor intrínseco, mas porque atualizam visões de mundo e ampliam horizontes de significado na interlocução entre as obras e seus diferentes públicos. Em conjunto, os objetos e documentos ora expostos representam culturas e memórias de ontem, de hoje e do que se deseja transmitir para as gerações futuras. Em uma palavra: KUMBUKUMBU.

 

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