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Recentemente casos de racismo por meio pichações em banheiros e escritas em quadros de salas de universidades do Rio Grande do Sul e de outros estados provocaram revolta, repúdio por parte das instituições e até denúncias para polícia. Mas e se esses espaços pudessem ser usados para afirmação de uma cultura de combate a violência? É isso o que propõe a Universidade La Salle nas duas últimas semanas de novembro. Nessa segunda-feira (19/11), banheiros e quadros em salas de aula foram ambientados com as campanhas que celebram duas importantes datas: Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) e Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher (25 de novembro). “A ideia é nos lançarmos enquanto uma universidade que se propõe ao debate, a partir de ações concretas de combate ao racismo e violência contra a mulher. Além disso, busca-se fazer bom uso dos espaços, enquanto ambientes de diálogo e reflexão. Isto é, os ambientes acadêmicos também podem falar e produzir conhecimento a partir de intervenções”, explica a idealizadora das campanhas, a jornalista Luciele Oliveira, integrante da equipe de Marketing da Universidade.

 

#LaSallecontraoracismo

A campanha é uma resposta educativa às frases racistas encontradas em banheiros e salas de aulas de universidades brasileiras. Os adesivos trazem a mensagem “Imagina você dentro de uma universidade cercado por pessoas que respeitam e tratam todos de forma igual? Essa é a universidade que queremos #bastaderacismo #lasallecontraoracismo”.  As frases pretendem não tensionar o espaço, mas sim afirmar uma postura política com vista na igualdade e bem viver para todos.

Estudante do Mestrado em Direito, Felipe da Silva, relata que seu caminho até a pós-graduação - como aluno negro - foi um percurso que rompeu com sua trajetória familiar. Ele explica que durante dois anos frequentou um grupo de estudos do PPG em Direito e o ingresso no Mestrado só foi possível após a conquista de uma bolsa da CAPES. “Campanhas como esta são importantes para que alguns funcionários tenham a capacidade de tentar se sensibilizar e sensibilizar a instituição como um todo. É um início, mas eu gostaria de sugerir que a Universidade pudesse ampliar os canais de acesso e permanência da população negra no ensino superior, por meio de bolsas e acompanhamentos psicológicos, por exemplo”, avalia Felipe. Os estudantes negros somavam somente 0,07% dos mestrandos e 0,03% dos doutorandos em universidades brasileiras no ano de 2010, segundo o IBGE.

 

#LasallePelasMulheres

Seja em casa ou no trajeto para a escola, universidade, trabalho ou até mesmo no transporte coletivo, o corpo feminino está sujeito aos mais diversos tipos de violência. No Brasil, a pesquisa Violência contra a mulher no ambiente universitário, realizada pelo Instituto Avon em parceria com o Data Popular, revela que 2,9 milhões de universitárias já sofreram algum tipo de violência de gênero no ambiente da graduação.

A Universidade buscou evidenciar o dia 25 de novembro, Dia internacional da não-violência contra a mulher, a partir de uma ação de marketing nos banheiros da Instituição. Hoje, ao entrar nesses espaços as alunas e colaboradoras se depararam com a seguinte frase nos espelhos: “Espelho, espelho meu, sabe quem é maravilhosa e merece ser respeitada? Eu!”.

Elas também receberam uma cartilha que indicou os “28 sinais para identificar uma relação violenta” e como a violência pode ser denunciada. A campanha também ocupou os banheiros masculinos, perguntando – por meio de adesivos nos espelhos - aos frequentadores: “O que você vê? Aqui eu vejo um homem que respeita as mulheres”. “Hoje a maior parte da violência é gerada por parceiros e companheiros. Uma das formas de combate a violência é por meio da educação desses homens para que não se tornem possíveis agressores”, completa Luciele.

O gerente do Menta Café (localizado dentro da Universidade), Ricardo Menta, foi surpreendido pela campanha no banheiro masculino do prédio 1. “É difícil conceber a ideia de que homens violentam as mulheres, afinal de contas a gente foi gerado por uma mulher. Como é possível fazer mal a alguém que a gente diz que ama?”, pondera. No outro lado do campus, no prédio 8, a auxiliar de serviços gerais da Universidade, Lígia Cristina da Silva aproveitou para fazer um registro em frente ao espelho. “Achei importante para sermos valorizadas e cuidarmos quem está ao nosso redor. E não é só marido e namorado, mas também amigos, primos, irmãos. As vezes falam de forma ofensiva e depois dizem que é besteira”, relata.

Esse projeto também visa o fortalecimento da parceria da Universidade com a ONU mulheres, uma vez que a La Salle integra o Comitê Gaúcho Impulsor do Movimento #ElesPorElas (#HeForShe).

Como engajar

Para engajar a campanha, você pode fazer fotos nesses espaços usando as hashtags:

#LaSallecontraoracismo 

#Lassalepelasmulheres 

A campanha está nos espaços abaixo:

CAMPANHA LA SALLE CONTRA O RACISMO

PRÉDIO 8
1° ANDAR: 

banheiros feminino

banheiro masculino


2º ANDAR 

Sala 204
3º ANDAR 
Sala 304

PRÉDIO 1
3º ANDAR
Banheiro feminino
Banheiro masculino


3º ANDAR
Sala 313

5º ANDAR
Sala 501,506

7º ANDAR
Sala 708

PRÉDIO 15
4º ANDAR
banheiro feminino

banheiro masculino

Sala 403,404


5º ANDAR

Sala 505,508

8º ANDAR

Salas 801 e 806



CAMPANHA LA SALLE PELAS MULHERES:

PRÉDIO 8
3º ANDAR
banheiro masculino

banheiro feminino

 

PRÉDIO 1
1º ANDAR

banheiro masculino

banheiro feminino

5º ANDAR

banheiro masculino

banheiro feminino

7º ANDAR

banheiro masculino

banheiro feminino


PRÉDIO 15
3º ANDAR

banheiro masculino

banheiro feminino

5º ANDAR

banheiro masculino

banheiro feminino

10º ANDAR

banheiro masculino

banheiro feminino

 

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