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No início do ano, um grupo de alunos da disciplina de Enfermagem na Saúde Coletiva, do curso de Enfermagem da Universidade La Salle, encontrou na casa de seu Elias, na Ilha da Pintada, um quadro muito complicado. “O paciente teve uma rejeição de prótese de tíbia agravada pela Diabetes. Isto levou a uma lesão no halux e na região plantar do pé direito que culminou com a amputação do dedo afetado. O quadro evoluiu negativamente para necrose, o que levaria a uma possível amputação da perna”, relembra o Prof. Me. Fabiano Silva da Silva, que acompanhou e orientou os acadêmicos.

Os alunos deram início ao tratamento através de visitas domiciliares semanais. Realizaram o cuidado das lesões e também orientaram o paciente sobre a importância da alimentação, para que o quadro fosse revertido. “Toda semana nós íamos lá e orientávamos ele sobre as condições de alimentação, orientamos também a família sobre o que ele poderia comer. Em um mês a melhora foi significativa”, detalha a aluna Carla Penna. No último dia de atendimento a turma foi recebida com um churrasco e bolo como forma de agradecimento. “Ele melhorou de 10 para 80%! Foi muito gratificante, não pelo churrasco, mas pelo carinho. Não há dinheiro no mundo que pague isso”, completa Carla.

Outra acadêmica, Juliana Sprenger, que também participou do atendimento explica que esse tipo de trabalho é sempre uma surpresa: “Quando fazemos visitas domiciliares a gente não sabe o que esperar, como vai ser recebido. E nessa casa eles sempre nos receberam com muito carinho. É emocionante ser recebido com tanto carinho por alguém que nem te conhece”, relata. Além disso, a experiência gera uma troca diferente com a comunidade: “Eu vi ali a importância do enfermeiro na comunidade, o que é possível fazer com a população. Como acadêmico foi uma experiência gratificante”, conclui o aluno Fabiano Vicentin.

O professor Fabiano avalia a experiência como um momento ímpar para os alunos: “Além do desenvolvimento diagnóstico de Enfermagem, o aluno interage com o paciente em seu meio, com os recursos disponíveis e com a realidade encontrada nas comunidades. Isto aguça o raciocínio clínico, aumenta o poder de resolubilidade. Mas a maior relevância, está na certeza que o cuidado de Enfermagem é resolutivo e que pode fazer a diferença na vida das pessoas”, finaliza.

 

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