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Desde o começo da pandemia, o curso de Fisioterapia da Universidade La Salle participa ativamente do monitoramento, orientação e atendimento a pessoas que contraíram a Covid-19. Através do estágio curricular, professores e alunos têm realizado atendimentos de pacientes tanto de forma presencial na Clínica da La Salle Saúde, quanto no formato de teleconsulta, com o objetivo de conversar, fazer uma avaliação motora e respiratória dos pacientes e propor atividades de reabilitação.

Este contato constante com os pacientes, agora, foi ampliado com a integração de acadêmicas de Fisioterapia e Psicologia no estudo Coalizão VII, da Coalizão Covid-19 Brasil, executado por uma aliança de oito instituições brasileiras (Hospital Israelita Albert Einstein, HCor, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Brazilian Clinical Research Institute e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva). A participação das acadêmicas ocorre através de sua atuação no Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, sob a supervisão do Dr Regis Goulart Rosa - membro do comitê executivo da Coalizão COVID-19 Brasil. “Está agregando muito para o meu desenvolvimento acadêmico, pessoal e profissional. Principalmente, a oportunidade de dialogar com o paciente, aprender a ouvir com atenção e de uma forma humanizada os seus relatos”, conta Tainá Haubert, aluna do curso de Fisioterapia e integrante do estudo.

A pesquisa investiga as sequelas físicas e mentais e a qualidade de vida de pacientes que precisaram passar por internação hospitalar devido à Covid-19 e, embora ainda esteja em andamento, foi a única brasileira apresentada em recente simpósio da Organização Mundial da Saúde (OMS). O encontrou buscou traçar estratégias para a prevenção e o combate à Síndrome pós-Covid, também chamada de Long Covid, que é a persistência dos sintomas da doença mesmo meses após a infecção.

Mais de 1200 pacientes das redes pública e privada de todo o país fazem parte do monitoramento, e, entre os protocolos de investigação, está a coleta de dados por telefone a cada três meses, da qual as alunas da Universidade La Salle participam.

Problemas respiratórios, cardiológicos, neurológicos, fraqueza muscular, fadiga, cansaço, e dificuldade de atenção estão entre as consequências, mas um dos objetivos do estudo é aprofundar também as sequelas mentais e emocionais, que já foram percebidas: “Ouço diferentes relatos das vivências dos pacientes que enfrentaram a doença, ressaltando seus medos, angústias e expectativas. É perceptível que o coronavírus irá desenvolver diversos sintomas como ansiedade e depressão em pacientes que foram infectados ou não”, afirma Nicole Studier, estudante de Psicologia que integra o estudo.

E se as consequências podem ser a longo prazo e ir além das sequelas físicas e neurológicas, para Denise de Souza, que também estuda Psicologia e participa do estudo, o contato permanente com os pacientes também deixou ainda mais evidente a necessidade de atendimento psicológico principalmente para as populações mais carentes no Brasil.

O estudo contempla homens e mulheres a partir dos 18 anos. Os resultados definitivos do estudo devem ser conhecidos entre o fim deste ano e o início de 2022. Pesquisas feitas em outros cinco países também servirão de base para a tomada de decisões com foco no reconhecimento, pesquisa e recuperação dos pacientes.

Para o coordenador do curso de Fisioterapia, Henrique Güths, a participação das acadêmicas em uma pesquisa deste porte e com tantos fatores envolvidos ajuda a construir uma formação que supera a competência profissional: “Sabemos que estamos passando por um momento extremamente delicado e entendemos a importância de cuidar do próximo, ter empatia. Estamos muito felizes por poder estar formando nossos alunos com excelência, tendo a certeza de que estarão aptos a trabalhar na linha de frente ou na retaguarda com muito conhecimento, humanismo e segurança.”

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