Menu

Abay = encontro; Omi= preciso. A palavra vem da língua iorubá, comum na África Ocidental, e sua origem remete a uma triste passagem da história. Durante as longas e desumanas viagens a bordo dos navios negreiros, as mães africanas rasgavam pedaços do pano de suas saias para fazer bonecas e entreter os filhos. A simplicidade da confecção, sem costura, com nós e tranças dando forma ao corpo, traz um ar singelo à força da figura negra. A Varanda Cultural ficou cheia de Abayomis, considerados também amuletos, na última quarta-feira, 15 de junho, depois que alunos de Pedagogia e funcionários aprenderam com a coordenadora da Galeria La Salle, Angelina Accetta, a arte vinda de outro continente.

A perpetuação das bonecas deve-se também à Cláudia Muller, ou Lena Martins, como é conhecida a artesã maranhense militante do Movimento de Mulheres Negras. Nos anos 1980 ela passou a promover cursos sobre o tema, criando em 1988 a Cooperativa Abayomi. Na oficina do Unilasalle-RJ, os presentes ao final da aula trocaram suas produções, ato significando a felicidade. A atividade representou uma continuação de “Africanidades”, conjunto de música, dramatização e dança que levou os alunos ao palco no dia 8 de junho, resgatando as nossas raízes africanas.

 

 

Entre em Contato