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“Quando a gente conversa, contando casos, besteiras, tanta coisa em comum, deixando escapar segredos...”. A música cantada por Cazuza é sobre o amor, sentimento presente até no título (“Preciso dizer que te amo”), mas a primeira estrofe cabe como uma luva no conceito de “Desafios do Mundo Universitário”. A proposta do bate-papo descontraído entre os estudantes chega a seu segundo ano, desta vez com uma importância a mais: abrir a semana comemorativa de 15 anos do Unilasalle-RJ. Coube a Livia Ribeiro, coordenadora da Ação Comunitária, correlacionar o evento com a data festiva.

“No dia 15 de maio, em todos os locais do mundo com comunidades lassalistas celebramos o Dia de La Salle, o dia em que São João Batista De La Salle se torna padroeiro de todos os professores", recordou, "Hoje queremos pensar como se dá o processo educativo de vocês. Quais são as suas trajetórias, de que forma os mais experientes no mundo universitário podem contribuir para a minha formação? Será que existe um modelo a seguir? Tem receita, e se eu fizer o que está no script vou conseguir o tão esperado sucesso?”

Sem mais delongas, vamos conhecer alguns depoimentos do encontro:

 

ENTRANDO COM GRANDES EXPECTATIVAS

Ailton Nunes da Silva Júnior, 21 anos, 2º período de Engenharia de Produção

“Os professores têm um nível excelente de ensino, acompanhando o desempenho de cada aluno. Um diferencial em relações a outras é o atendimento dos funcionários. Ressalto a educação do segurança PC (Paulo César Gaspar). Importante ainda citar o comprometimento dos coordenadores. Eu já vim para o Unilasalle-RJ com uma expectativa grande, pois tenho amiga cursando Engenharia Civil e ela falava comigo sobre o fato da instituição ser a top de Niterói”.  

 

 

AS EXPERIÊNCIAS DO EGRESSO

Luiz Fernando Jardim de Carvalho, 52 anos, Administrador de Redes no Unilasalle-RJ

“Eu vim da escola pública, com bolsa do PROUNI. Estava há muitos anos afastado dos estudos, porque precisei trabalhar, por isso era um dos rostos mais velhos da turma de Computação/Licenciatura. Depois de quase 20 anos afastado de uma sala de aula, foi muito impactante logo no primeiro dia me deparar com o quadro completamente abarrotado de cálculos. O professor estava dando como revisão o que foi visto no Ensino Médio, mas para mim, que não tinha aprendido nada daquilo, ele estava falando alemão. Isso mostra que a essência do Unilasalle-RJ é o ensino. Agarrei a oportunidade que tive e fui atrás do conhecimento. A matemática é a base do que escolhi e você não começa a construir uma casa de cima para baixo. A base precisa ser sólida, para quando você chegar na parte de cima, a casa não desmoronar. Comecei a montar grupos de estudo e foi o que me ajudou muito ao longo da graduação. Temos um espaço grande na Biblioteca, inclusive salas reservadas para isso, para aprender e ensinar. Uma frase que escutei aqui e levei para a vida foi a do professor George Hamilton Andrade: ‘Vocês escolheram uma profissão que é escrava do conhecimento’. Conceitos surgem e caem muito rapidamente na nossa área, por isso se não nos atualizarmos diariamente, em seis meses, provavelmente, estaremos fora do mercado de trabalho”.

 

FUNÇÕES DA UNIVERSIDADE

PH Lima, 28 anos, 1º período de Direito

“Também sou de escola pública, também sou bolsista. Um dos desafios que temos neste ambiente universitário é expandir o olhar. As nossas discussões estão muito voltadas para o ‘eu’. Sabemos o perfil econômico que vivemos, sabemos que estamos na Zona Sul de Niterói. Logo, precisamos conseguir produzir conhecimento que seja crítico, tanto nas nossas perspectivas pessoais quanto em termos acadêmicos. Em Direito, os advogados, por exemplo, precisam conhecer a realidade dos presídios brasileiros. Sinto esta necessidade de pensar em perspectivas para fora dos muros da instituição”.

 

AMADURECIMENTO

Julio D’Amato, psicólogo e professor (mediador do bate-papo)

“Se tornar adulto não é uma regra, é um processo. Há pessoas com 40, 50, 60 anos absolutamente adolescentes. Há uma série de ingredientes que precisam ser somados para que você possa ocupar este espaço. A faculdade tem uma função superimportante na contribuição desta passagem”.  

 

SEGUNDA GRADUÇÃO

Mariana Barreto de Abreu, 25 anos, 2º período de Direito

“Sou formada em Relações Internacionais aqui pela faculdade e pedi reingresso agora para o curso de Direito. Na época do vestibular, prestei prova para Física, Engenharia, Turismo e passei nos três, mas não sabia verdadeiramente o que queria até descobrir RI. Eu me formei em 2013 e, para além das aulas, posso citar os projetos paralelos. Fiz intercâmbio para o Marrocos, e não foi algo impossível de pagar, eu arquei sozinha. Agora, faço parte de pesquisa da professora Helenice Sardenberg sobre refugiados. Meu conselho é para nos envolvermos com a universidade”.  

 

Antonio Carlos Barragan, 40 anos, 1º período Sistemas de Informação

“Estou na minha terceira faculdade, estudei Ciências Contábeis e Direito para agora chegar em Sistemas de Informação. Tudo tem um propósito profissional. Geralmente entramos novos na universidade, com 16, 17 anos, e com dúvidas, sem termos a certeza do que queremos. No segundo ano de Contábeis, comecei a me perguntar se era aquela a opção que eu deveria ter feito para a carreira, mas fui avançando, me forcei a continuar e acabei encontrando minha primeira especialização: o Direito Tributário, onde trabalho atualmente. Por isso, logo após, ingressei no Direito. Tive ainda contato no curso com o Direito Digital, a minha segunda especialização. Terminada mais essa graduação procurei pós, MBA, até tomar a decisão de me aprofundar em Sistemas de Informação. Mas por que, se já atuava como advogado no Direito Digital, optar por mais uma faculdade? É o que o Luiz Fernando pontuou: eu não vou construir uma casa por cima, vou para a base, vou para Sistemas de Informação conhecer tudo o que preciso. Não vou ser programador, hoje meu objetivo é me tornar o melhor advogado em Direito Digital do Brasil. Pode ser que eu não consiga, mas não importa, eu preciso ter um foco. O importante é trabalhar todo dia olhando para o meu objetivo. O pior momento é o ano seguinte à conclusão, quando você chega no mercado de trabalho, sem ter ideia do que fazer, e é uma selva, você é recém-formado, o mercado está cheio de especialistas, com experiência. Bate aquele desespero. Relaxa, todo mundo sente isso, cedo ou tarde você entra no mercado. Pode começar em uma área que não queria, mas se não perder o foco, em algum momento você vai conseguir. Logo que terminei Direito, a oportunidade que surgiu foi em Direito Marítimo, mas continuei estudando Tributário, até que fui contratado por um escritório de meio porte nesta seara”.   

 

Confira clicks dos dois momentos do encontro:

MANHÃ

 

 

NOITE

 

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