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Os fiéis que chegavam para a missa olhavam pelo canto do olho uma vestimenta diferente entre os muitos presentes na Varanda Cultural naquela tarde de segunda-feira. O homem com ela vestido todos conhecem bem, afinal ele é o reitor do Unilasalle-RJ, mas a veste talar de cor preta, com detalhe em branco logo abaixo do pescoço, colarinho chamado de rabat, para alguns era apenas conhecida em fotografia. O fato de a ocasião ser mais do que especial faria a roupa escolhida pelo Irmão Jardelino Menegat ser não o melhor terno do guarda-roupa, mas sim o Hábito Religioso, usado por São João Batista De La Salle e pelos que deram continuidade ao seu legado. E, assim, com muito simbolismo, teve início a celebração em Ação de Graças ao fundador da Rede La Salle e aos 15 anos do Centro Universitário La Salle do Rio de Janeiro.

“Todos os Irmãos já vestiram esta roupa, ela ainda é a veste oficial para alguns momentos importantes, como o dia em que lembramos La Salle enquanto padroeiro dos educadores”, explicou Menegat. Em seguida, o reitor pontuou, como de costume, a figura do homenageado enquanto SANTO – “Ele orientou-se pela fé, alimentada todos os dias através da oração, da leitura e da meditação da Sagrada Escritura, que o inspiraram”–, EDUCADOR – “Promoveu a dignidade do educador, preparando-o intelectual e espiritualmente. Foi um dos organizadores da escola moderna” – e FUNDADOR – “La Salle fundou o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, a primeira congregação unindo religiosos não clérigos, leigos. Iniciado em 1684, hoje o instituto está em cerca de 80 países”.

Se o Hábito Religioso de Irmão representou a relevância do momento, o que dizer da mitra, usada na cabeça dos bispos, aludindo a consagração deles a Deus? A peça componente da veste sacra pertencia a Dom José Francisco Rezende Dias, arcebispo de Niterói e celebrante da missa, acompanhado pelos padres Magno e Antônio Sobrinho. Caberia a ele a homilia sobre o Evangelho de João (14, 1-6), no qual Jesus afirma: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Segundo José Francisco, a passagem mostra que “a boa aventurança da fé está em acreditar em Deus Pai, mas também no Filho. Ele aponta para a meta, através dele chegamos no sentido final da existência”. A dupla festa do Unilasalle-RJ no dia 15 não ficou de fora da fala do arcebispo, para quem o mistério de Jesus se fez presente em toda a trajetória de La Salle, sendo as palavras do santo, como resultado, ecoadas até hoje.

 

“Em nome da Arquidiocese manifesto minha alegria e gratidão por esta presença lassalista há tantos anos em Niterói, uma presença educativa que forma pessoas para a vida cristã e para a construção de um mundo novo, motivo de orgulho para nós”, assegurou José Francisco, “O aniversário de 15 anos é uma oportunidade primeiro para recordar, ou seja, deixar passar pelo coração todas as pessoas que fizeram e fazem parte desta história. Também é uma oportunidade de agradecer a Deus, aqueles que acolheram a inspiração divina dando início a esta obra e aqueles que a dão continuidade”. O arcebispo ainda classificou a “instituição que quer nos mostrar a dimensão humana e espiritual” como possuidora de “um futuro promissor, com a comunidade lassalista encontrando o verdadeiro sentido do que Jesus nos diz”. 

Pão e vinho postos à mesa para a comunhão, ali também estaria a gratidão, como o próprio arcebispo fez questão de ressaltar. O mesmo sentimento foi levantado por Menegat em seu segundo momento da noite. Mais uma vez no púlpito, ele fez menção ao Irmão Amadeu (1920-2016), e seu trabalho sonhado e concretizado em termos de ensino superior no ano de 2002. O caráter social que pauta as ações do Unilasalle-RJ foi lembrado na escolha da localização do centro universitário, “aos pés do Pé Pequeno”, comunidade beneficiada por diversos serviços da IES. Para instigar o público, composto por docentes e colaboradores técnico-administrativos, o reitor relembrou um pedido constantemente feito, desde que ele assumiu o cargo, há três anos: “Quinze anos aparentemente parece pouco tempo, mas são 15 anos de história, de muita paixão e dedicação de cada um. Desafio vocês a continuarem dando o máximo de si”.

 

 

A cerimônia eucarística foi procedida pela entrega da “Unilasalle-RJ em Revista” Edição Especial 15 anos, produzida pelo setor de Comunicação e Marketing, ao arcebispo José Francisco. Enquanto o som de “Quero louvar-te”, canto final da missa, era ouvido, as primeiras fatias dos bolos comemorativos produzidos pelos alunos do projeto Jovem Confeiteiro eram servidas. Em pouco tempo, a música deixaria de ser calma para ganhar notas mais intensas, como o rock cantado por Giullia Manso, em uma versão de “Não vou ficar” (Roberto Carlos). Aluna do Colégio La Salle Abel, ela aceitou o convite do pai e cantou duas músicas no repertório da Orquestra La Salle, sob o comando de Henrique Manso Junior. Durante uma hora, os ritmos variaram entre sucessos dos Beatles, trilhas de filmes e temas nacionais, com destaque para “Garota de Ipanema” (Vinícius de Moraes).

 

 

Os estudantes de Ensino Médio portavam flautas, trompetes (entre eles Piettra, a filha mais nova de Manso), saxofones, e bateras, possuindo a responsabilidade de integrar uma orquestra com 60 anos de existência. A animação na Varanda Cultural se somou, ainda, à arte. Na Galeria La Salle, ficaram prontas para visitação a mostra “Unilasalle-RJ: 15 anos de história e missão” e a exposição dos painéis com os melhores TCCs de Administração. E, no fim, aquele 15 de maio terminou com um recado: “Abel, orquestra, Unilasalle-RJ, somos todos uma única família”. O que nos torna rede é também o que motiva para os próximos 15 anos. Parabéns à comunidade lassalista!  

 

 

 

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