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“Eu quero ser arquiteta com certeza”, diz a menina de All Star vermelho e choker, a gargantilha do momento, para as amigas, na porta de uma das salas que representaria mais descobertas naquele dia. A fala animada se soma ao olhar espantado daquele que observa o que era líquido virar uma grande forma preta, saindo do recipiente, ou ao encantamento da dupla de meninos diante da água jorrando, no laboratório de Hidráulica. Essas são algumas das cenas que marcaram a vinda do Fundamental II (6º ao 9º anos) do Colégio Ágora ao Centro Tecnológico Unilasalle-RJ, na última quarta-feira, dia 27. O passeio pelo CT faz parte de uma série de visitas organizadas pelos coordenadores das Engenharias e de Sistemas de Informação, em parceria com os técnicos Thais Assumpção e Leandro Silva, além de professores e discentes dos cursos.

 

A iniciativa cria um diálogo entre dois polos do ensino, enriquecendo ambas as partes, na opinião de Inês Vasconcellos, responsável por Engenharia de Produção: “Vivenciar a universidade é bom para o meu aluno de graduação, que vê o que ele já foi e aprende a ensinar. Para o aluno que recebemos, temos a chance de despertar nele o interesse por alguma profissão, no nosso caso pela área tecnológica”.

Michelle Nogueira, coordenadora do Ensino Fundamental II no Ágora, assina embaixo. A proposta da interação vai ao encontro da metodologia empregada na escola do Ingá, desde 1982: a da italiana Maria Montessori, onde o aluno é protagonista, e autonomia, respeitando o ritmo de cada um, é palavra de ordem. “Nem sempre as escolas possuem laboratórios, então o foco fica muito restrito à área de Humanas”, analisa, “Com essa experiência, vemos o quanto alguns saem daqui encantados. É nesse momento de escolhas, formação, vivências que o contato entre a escola e a universidade deve ocorrer. Em Montessori vemos que aprender é muito fácil, mas passar o que se aprende já é um passo além, uma terceira etapa de extrema relevância, de certa forma estimulamos isso vindo ao Unilasalle-RJ”.

Um exemplo talvez ajude a tornar mais visível a comparação de Michelle. No laboratório de Robótica, foi um dos jovens estudantes quem ensinou aos presentes como dar ré no robô de Lego Mindstorms. Estímulo à prática, mas também à curiosidade. Os olhinhos brilhavam a cada descoberta, fosse diante da energia elétrica do gerador de Van de Graaff, da estrutura da sala de desenhos, dos equipamentos da idade da pedra para a atual geração, como o mouse de bolinha e o disquete, ou ainda as experiências no Laboratório de Química.   

 

“O que eu mais gostei foi fabricar carvão, foi bem doido, porque esticou. Deu vontade de aprender mais, achei tudo muito interessante”, descreveu Thiago Plácido, de 12 anos, sobre o processo de desidratação do açúcar com ácido sulfúrico. Devido ao poder de corrosão do ácido, esse foi um experimento feito por Thais Assumpção. Mas as crianças também puderam se sentir como cientistas por um dia, realizando a desidratação do sulfato de cobre.  

Por Luiza Gould (texto e fotos)

Ascom Unilasalle-RJ

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