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Jackson Bentes, Marcelo Piantkoski, Michelle Azambuja, Wendel Freire. Na noite de sexta-feira, cada letra cursiva para formar esses nomes foi repetida 201 vezes, em obras autografadas a várias mãos. O livro em questão é “Infância e Cultura Digital: Diálogo com Gerações”, lançado pela editora Appris no dia 25 de novembro, em frente à Galeria La Salle. A abertura de Angelina Accetta, coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura (NAC), na ocasião, ajuda a entender a fila formada na Varanda Cultural: “Não são quaisquer autores”, diria ela. E não eram mesmo. Piantkoski é diretor do Colégio La Salle Abel, Freire, coordenador do Ensino Médio, Bentes, seu coordenador adjunto e pesquisador do NAC, Michelle, professora de Espanhol dos três últimos anos da mesma escola. Envolvidos há anos com a educação, os professores puderam analisar a influência da tecnologia no ensino de dentro da própria área.

“Esta obra reflete o nosso trabalho de educadores. É um processo contínuo, de construção diária”, resumiu o Irmão Marcelo Piantkoski, sem deixar de agradecer a todos os presentes e aos que contribuíram para a organização das ideias no livro, como Márcia Tiburi (Universidade Presbiteriana Mackenzie), Marileide Menezes (ministra aulas Português e Redação no La Salle Abel) e Mary Rangel (decana do Unilasalle-RJ e assessora da pró-reitoria Acadêmica). Michelle Azambuja, por sua vez, ressaltou o carinho com que o material foi feito, além de dar detalhes sobre a construção:

“Houve uma pesquisa bibliográfica e, principalmente, de campo, quando nós abordamos o cinema e a sua importância social neste papel transformador. Tivemos contribuições também filosóficas do Irmão Marcelo e do Irmão Jackson”. A produção audiovisual foi citada pela professora por fazer parte da publicação. O quarteto se ocupou em analisar o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças, estudando, para tanto, situações de desigualdade nos documentários “Crianças Invisíveis”, de 2005, encomendado pela Unicef, e “Menino 23” (Brasil, 2016).   

Tudo isso, sem deixar de lado o debate que dá nome ao livro, caracterizado por ela em entrevista à coluna “Fome de quê”, do jornal O GLOBO, como uma reflexão “sobre esse público que já nasce na era digital. Falamos desse adolescente, dessa criança que mexe o dia inteiro com imagem, que é extremamente midiática e influenciada por essas tecnologias”. “Infância e Cultura Digital” tem a proposta de ajudar pais e professores a formularem perguntas, conectando-se à questão da infância sob as condições da nossa época. Um diferencial para Wendel Freire é trazer este debate para onde ele é criado: a escola. “Existem vários textos que abordam a tecnologia no espaço educacional. Muitos partem da universidade, o lugar de excelência da pesquisa, mas também a educação básica faz pesquisa e precisa falar de si mesma dentro deste ambiente”, opinou ele no lançamento.

O coordenador do Ensino Médio destacou ainda o fato de a obra ser mais uma parceria entre o Unilasalle-RJ e o Colégio La Salle Abel e citou outros laços como a Pós-Graduação em Educação e Cultura Digital, da qual a publicação emerge enquanto produto, e o Universitardes, em que alunos de 1º ano do EM têm aulas extraclasse no centro universitário, dadas por docentes das graduações.   

DUPLA COMEMORAÇÃO

Idealizador de “Infância e Cultura Digital”, Jackson Bentes foi recepcionado na Varanda Cultural por um coro de “Parabéns a você”. No dia 25, além do lançamento, o Irmão comemorava o seu aniversário. Após os agradecimentos, ele lembrou o objetivo do espaço cultural lassalista. “O principal do que conseguimos recriar na Galeria é a interação entre as pessoas", avaliou, "Quando nós escrevemos, sempre nos preocupamos em olhar além do comum, mas para ser lido em comum. Hoje é um convite para lermos juntos o livro”.

  

A mesma proposta partiu da professora Mary Rangel. A decana, que contribuiu com o projeto, classificou como “um orgulho” a presença dos quatro docentes nas instituições da Rede. Para ela, universidade e colégio têm a missão de produzir conhecimento, assim como os mestres, a quem se dirigiu: “Usem, apliquem, estimulem seus alunos através deste livro”. Para celebrar a partilha, coube a Bentes dar início aos autógrafos e coquetel, organizado pelo chef Vicente Maia e preparado pelos alunos do projeto Jovem Confeiteiro. “A palavra ‘sapere’ origina dois significados, sabor e saber. Agradeço ao Vicente e seus meninos e meninas por saborearmos esta leitura”, brincou.

“Infância e Cultura Digital” está disponível, com desconto, no Núcleo de Arte e Cultura. Os interessados podem adquirir um exemplar a R$ 28,00.   

 

 

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