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“Eu tento observar aquilo que ninguém costuma reparar, eu ando na rua e observo as pessoas comuns”. A fala de Diego Moura já mostra o quanto ele carrega o apreço pelo ser humano e pelas cores para a sua arte. A inspiração que motivou um dos seus quadros, por exemplo, veio de uma desconhecida na Barca Rio-Niterói. O tom azul do cabelo dela chamou a atenção, foi retratado e o resultado estava entre outros 20 quadros, na mostra “Um dedo de arte: do digital ao orgânico”.  A exposição ficou em cartaz de 9 a 20 de maio na Galeria La Salle e contou com cerca de 200 visitantes ao longo das quase duas semanas.          

O artista trouxe obras reflexivas a respeito do anônimo, atual fase de suas produções, mas também trabalhos acerca de famosos, que o deram dimensão internacional, além de quadros com problematizações a respeito da atualidade. A tela “O Caçador” vai nesta linha, e o artista explica o motivo: “Antes de criar o quadro, eu estava conversando sobre o comportamento agressivo das pessoas nas redes sociais. E, depois de debater bastante sobre esses ataques, me perguntei: por que quando nos expomos, ficamos tão vulneráveis a comparações? A ideia do ‘Caçador’ foi essa. Acredito que cada um tem seu espaço, seu caminho para trilhar”.

E o caminho trilhado por Moura não traz apenas a pintura como protagonista. O artista intercala a produção dos quadros com aulas em uma Instituição Assistencial em São Gonçalo. Lá, ele ministra fotografia e design para jovens e adultos que procuram se profissionalizar. Márcia Andréa de Oliveira Sabino, aluna de Diego Moura no projeto, foi convidada pelo próprio professor para prestigiá-lo na inauguração. Ela entregou uma camisa de presente a ele, em agradecimento às aulas que se encerraram no mês de abril. “O Diego é um professor impecável, uma simpatia de pessoa, seja como profissional ou como amigo”, opinou Márcia, “Me ajudou muito, sou muito tímida, e ele sempre dizia que eu precisava me soltar”.

 

A admiração não vem só de quem é aluno, mas também de pessoas que conheceram o trabalho de Diego Moura recentemente, como a assessora de imprensa Nicola Helayel e sua mãe Tereza Helayel. “Eu soube dessa exposição por meio do jornal Extra, cheguei aqui e fiquei encantada, principalmente pela combinação de cores. Uma coisa muito interessante é que ele usa o celular. Ou seja, nasce no digital, vai para o real e consegue nos emocionar”, relata Nicola. Já Tereza, também artista plástica, destacou outra particularidade do artista: “Eu achei maravilhoso, é um tipo de arte diferente da qual eu trabalho. É difícil você ver uma coisa que faça você se sentir impactado. Ele consegue transmitir a pessoa dele para a arte”, finaliza.

 

 

 

 

Por: Camila Reis/ Revisão: Luiza Gould

Fotos: Camila Reis e Leonardo Diniz

Ascom Unilasalle-RJ

 

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