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“Malala Yousafzai se torna a Mensageira da Paz mais jovem da história da ONU”. “ONU pede que Brasil envie soldados de paz para República Centro-Africana”. “ONU e Colômbia assinam acordo para lutar contra o cultivo de coca”. “Situação de desigualdade das mulheres ameaça desenvolvimento mundial, conclui relatório da ONU”. Esses são alguns dos títulos de matérias relacionadas à Organização das Nações Unidas, criada para promover a cooperação internacional, após a Segunda Guerra Mundial. Conhecer o palco de tantas decisões cruciais é sonho comum aos internacionalistas, e um lassalista pôde realiza-lo em novembro. 

Aluno de Relações Internacionais do Unilasalle-RJ, Luiz Felipy Leomil foi selecionado para integrar uma delegação de onze membros enviada ao Fórum das Nações Unidas para Direitos Humanos e Empresas. Ao todo foram três dias – 27, 28 e 29 de novembro – em Genebra, Suíça, na sede da ONU na Europa. Como ele se sente após a experiência? “Privilegiado”, responde. “Espero carregar para o resto da minha vida aquilo que experimentei no fórum: a inclinação ao diálogo, a vontade de transformar o mundo em um lugar mais digno para todos e a humanização de nossas relações”, decreta Leomil.

A fala está relacionada aos conteúdos discutidos no evento. Um deles se chama Guiding Principles de Direitos Humanos e Empresas. O discente do 6º período explica: “O Fórum se propôs a abordar iniciativas de remediação para situações envolvendo violações. Dessa forma, sob o mesmo patamar e voz, representantes de Estados e de empresas estavam aptos a discutir a forma que implementaram e/ou pretendem adotar a agenda de Direitos Humanos voltada para negócios e corporações”. Assuntos específicos do Brasil, no entanto, não ficaram de fora. Foi abordado o desastre de Mariana e a contaminação do Rio Doce. Os membros da delegação puderam escutar depoimentos de pessoas afetadas pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração da companhia Samarco e saber detalhes sobre a cobrança por parte deles do Estado brasileiro e das empresas envolvidas no caso.

Outros destaques, segundo o estudante, de 22 anos, foram o lançamento de diretrizes com vistas a políticas inclusivas e antidiscriminatórias para pessoas LGBTI em empresas e a questão dos refugiados, um assunto que desperta o interesse de Leomil há algum tempo. “Desde o início de minha graduação sempre tive simpatia pelas questões relativas ao instituto do refúgio, o que levou ao meu envolvimento em um projeto de pesquisa do centro universitário relacionado com o tema”, conta ele referindo-se à pesquisa Direitos Humanos e Relações Internacionais, uma parceria entre o Unilasalle-RJ e a Cáritas-RJ, com coordenação da professora Denise Salles. No fórum, o futuro internacionalista participou de reunião da Organização Internacional para as Migrações (OIM), “onde foram discutidos os anseios dos Estados-membros para com o pacto global a ser adotado para as questões migratórias no final do próximo ano”.

Some aos aprendizados, a troca estabelecida com outros integrantes da delegação, “de, praticamente, todas as regiões do país, com diferentes trajetórias e formações”, que Leomil já vê como parceiros futuros na carreira.  O ganho também é de valores, como conclui: “O Fórum deixa uma mensagem clara de que as corporações não mais podem deixar de estar atentas às questões relativas aos Direitos Humanos (independentemente do grau de complexidade e tamanho de suas cadeias produtivas e de suprimentos) e que a agenda de proteção dos Direitos Humanos continua a crescer, agregando cada vez mais novos atores”. Quem sabe um dia as notícias sobre a ONU não incluam Luiz Leomil?  

 

Por Luiza Gould

Ascom Unilasalle-RJ

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