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Parceiras há mais de cinco anos, as Universidades La Salle (Canoas) e o Instituto Politécnico Unilasalle Beauvais da Franca, devem intensificar o intercâmbio de alunos entre as instituições a  partir de agosto de 2018: “Nós estamos finalizando a negociação de um projeto deles que se chama Unilab, onde La Salle Beuavais irá enviar a partir de 2018/2 em torno de 15 a 20 alunos por semestre que irão desenvolver um modulo especifico em nossa instituição”, explicar o Prof. Dr. José Alberto Antunes de Miranda, Assessor de Assuntos Interinstitucionais.

A parceria foi detalhada na vinda da Assessora Internacionais da instituição francesa, Marie Lummerzheim, para Canoas. Durante os dias 27 e 28/06 ela cumpriu uma intensa agenda na cidade. Participou de reuniões com professores, reitoria e acadêmicos, conheceu os laboratórios em Nova Santa Rita e o campus em Canoas. Na tarde de quarta-feira falou aos coordenadores de cursos e Áreas da Universidade La Salle e explicou mais sobre o ousado projeto de internacionalização da instituição francesa, que prevê que todos os alunos do último ano de bacharelado passarão um semestre estudando fora do país. Confira abaixo a entrevista feita com a Assessora:

Eu percebi que o plano de vocês é muito ambicioso, ele prevê que todos os alunos passem por uma experiência internacional. O que gerou essa necessidade?

Vários aspectos. O quadro europeu tem internacionalização como eixo estratégico em todas Universidades. Nós estamos um pouco a frente disso, porque somos uma escola menor, privada. O Ministério da Agricultura e do Ensino Superior incentivam muito as instituições que dependem deles, como nós, a se internacionalizar. Outro fator é a concorrência, somos uma faculdade de engenheiros. Na França são 12 instituições nacionais que estão dando o diploma de engenheiros. Então o recrutamento dentro dos programas e altamente competitivo e a internacionalização é elemento diferencial. O fato de fazer uma experiência internacional, comparando com o ensino superior na França, não é excepcional. Já é normal. Se você vai pensar um programa para os próximos 5 a 10 anos você tem que estar um passo à frente. A primeira coisa é uma mobilidade na rede La Salle. Mas depois deve ter a segunda mobilidade, durante o quarto ano, que pode ser mais profissional, pode ser um semestre de especialização em outra universidade de alto nível ou um duplo diploma.

Ontem a senhora se reuniu com coordenadores de áreas afins da Universidade La Salle. Já temos uma data de quando vem primeiros alunos para cá?

Em agosto de 2018. Vamos começar com a área das Engenharia em Agricultura. Aqui vocês não têm esse curso, mas tem semelhantes. Ciências biológicas, por exemplo. Como a mobilidade é no quinto semestre podemos achar conteúdos se interessante para nossos alunos nesse curso. Você tem também o Mestrado em Impactos Ambientais, com alunos de vários horizontes. Isso pode ser interessante para nossos alunos, mesmo no terceiro ano não tendo nível no mestrado. Discutimos com professor Maurício Almeirão e acreditamos que poderemos fazer um nivelamento. Em um outro momento vamos enviar alunos da nutrição, o que pode ser no ano que vem, mas especialmente em 2019.

Como a senhora avalia esse intercâmbio no sentido de os alunos franceses virem até um país como o Brasil, aprender com nossos pesquisadores?

Nós vemos o Brasil como uma país de primeiro mundo nessa área da alimentação e agricultura. Vocês estão, em algumas áreas, no mesmo nível da França, se não na frente. É um pais diferente, mas a única coisa que incita a pesquisa a acontecer é justamente ter um campo muito similar, objetivos comuns, questionamentos comuns e vontade comum de fazer.

A senhora na sua fala mostrou mais sobre o espaço do campus de vocês na França. Essa parceria prevê intensificar a ida de alunos nossos para lá?

Sim, uma das consequências é que o fato de enviar alunos para o Brasil sirva de incentivo para os alunos de vocês irem para a França estudar em nosso campus. Eu sei que é diferente, porque aqui alunos trabalham para pagar os estudos, o que, em geral não é o caso dos nossos. Lá são os pais ou o estado, com bolsas, que garante esse estudo. Mas acredito que vão vir, vamos facilitar no sentido que já existe disciplinas em inglês, que é mais fácil que francês. Outra coisa é que vamos facilitar a residência. Eu sei que custo de vida na França é mais caro que no Brasil. Para alunos que vem de universidades La Salle no mundo vamos providenciar residências quase de graça, por cerca de 50 euros por mês.

O fato de sermos universidade lassalistas pode influenciar nessa relação?

O fato de sermos membros de uma rede traz esse sentimento de pertencer a uma grande família. Há poucos dias aqui eu já iniciei projetos que normalmente eu levaria muitas missões de ida e volta, para estabelecer laços, e que aqui, por sermos La Salle é muito rápido. Eu tenho certeza que alunos quando forem fazer mobilidade vão conhecer o DNA da comunidade La Salle que existe aqui.

 

 

 

 

       

 

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