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Nos últimos anos por conta da depressão a jovem Andressa Silveira, de 30 anos, perdeu a vontade de sair de casa. Com a ajuda de um tratamento com profissionais e medicação, ela voltou ao convívio social e passou a acompanhar a irmã, Vanessa da Silveira, que praticava natação na Universidade La Salle. “Ela vinha e ficava só olhando, me observando nadar, porque ela nunca gostou de água. Mas aí um dia ela sentiu vontade e começou a praticar também”, conta. Andressa tem síndrome de down e faz parte do Projeto “Em Canoas, o esporte rendimento é para todos”, o Paradesporto, uma iniciativa da Fundação La Salle, financiada através da Lei Pró-Esporte do Governo Estadual. O projeto conta com patrocínio das Lojas Lebes e é realizado através da parceria com a Prefeitura de Canoas e com a Universidade La Salle. A proposta tem por objetivo incentivar equipes paraolímpicas em esporte de alto rendimento, mas vai muito além disso: “A gente sempre liga a prática de esportes aos benefícios para saúde, mas o outro dia um atleta com deficiência visual me falou que, no caso dele, a o projeto rompeu as limitações de autoestima, melhorou o senso locomotor, mudou o dia-a-dia dele”, explica o coordenador do Paradesporto, o educador físico Rafael Celi. Atualmente cerca de 50 paratletas estão sendo treinados nas modalidades atletismo, basquete em cadeiras de rodas, futebol de 5, Goalball e natação.

Dentro da piscina do Poliesportivo da Universidade La Salle o professor Vinicius Schoeneberg da Silva passa as orientações para Andressa, Fran e Larissa. Ele pede calma às mais experientes com uma das colegas que está chegando e se adaptando ao mergulho. “O grande diferencial na metodologia aplicada é respeitar os limites dos atletas e futuros atletas, porém sempre na busca da superação deste limite, adaptando, desenvolvendo, ensinando e aprendendo a cada dia, para assim juntos atingirmos nosso objetivo”, explica o professor.  Mara Alves, mãe de Larissa que sofre de hipotrofia cerebelar - uma síndrome que causa as perdas dos movimentos - celebra a evolução da filha, no projeto desde o ano passado: “Ela está com mais agilidade e estabilidade nos movimentos. Além da sociabilização, que melhorou muito”, explica.

O coordenador do projeto relata que alguns atletas têm se destacado e que competições de futebol de 5 e basquete estão previstas para os próximos meses. Além disso, devido ao pioneirismo, a atividade também pretende formular conteúdo que sirva como apoio para incentivar profissionais da área da Educação Física a investirem nesse tipo de ação: “Não temos acesso a muitos livros e artigos com esse tema, então outro objetivo dos profissionais que estão no projeto é formular conteúdo a partir do que estamos vivenciando na prática”, completa Celi.  

As inscrições para o projeto estão abertas. Abaixo mais informações:

·         O projeto é aberto a pessoas com deficiência física, visual ou intelectual que atendam as características específicas de cada modalidade, com faixa etária a partir de 12 anos de idade.

·         Documentação necessária: Ficha de inscrição, laudo médico com a CID, atestado médico liberando para a prática de exercícios físicos, cópia do RG e CPF.

Informações pelo e-mail: esporte.rendimento@fundacaolasalle.org.br

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