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Foi pensando no Dia Internacional da Mulher, que a Universidade La Salle ouviu a história delas! Por meio da campanha institucional “A Universidade Também é Delas”, você irá conhecer a história de Paloma, Rita, Andréia e Thuila. Quatro mulheres que se desafiam diariamente para estudar, trabalhar e dar contar de outras tantas jornadas, sem abandonar seus sonhos e projetos de vida. Vem com a gente e respeita, aceita, reconhece e assume: a Universidade também é delas. A campanha foi desenvolvida pelo setor de Marketing da Universidade La Salle e as fotos são de Luciele Oliveira.

Quem são elas?

 

PALOMA - “O MEU SONHO É SER JOGADORA DE FUTEBOL”

Paloma Alves Castro tem 24 anos é natural de Charqueadas e mora em Porto Alegre. Para ela, romper algumas barreiras sempre foi prática necessária, afinal de contas, sair do interior do estado do Rio Grande do Sul para ingressar no Ensino Superior não foi nada fácil. Ainda mais quando se divide o coração entre dois amores intensos: o estudo e o futebol. 

Paloma acredita que apesar de todo o preconceito sofrido por jogadoras mulheres é importante nunca desistir. “Muitos não admitem que uma mulher jogue mais que um homem... Muitas vezes para dar aula na escolinha de futebol preferem contratar homens ao invés de mulheres, mas não podemos desistir. O meu sonho sempre foi ser jogadora de futebol”. 

Foi com essa determinação que Paloma saiu de Charqueadas, foi para São Paulo e retornou ao Rio Grande do Sul, sempre na tentativa incansável de seguir jogando, mas sem abandonar os estudos.  Sua longa caminhada resultou na conquista de uma bolsa de estudos, fruto do apoio da Universidade La Salle com o time feminino de futebol do Inter. Atualmente, Paloma cursa o quinto semestre de Educação Física na Instituição. Sua maior conquista foi ter sido Campeã Gaúcha 2017 do Futebol Feminino do Internacional.

Paloma estampa essa campanha para dizer que assim como o futebol, a universidade também é lugar para elas.

 

ANDRÉIA - “EU SOU A BASE”

Andréia Gevanilda Quadros tem 44 anos, é natural de Canoas e simboliza a luta de muitas mulheres que são trabalhadoras domésticas e lideranças familiares. 

Há seis anos, ela trabalha no setor de higienização da Universidade La Salle e cursa processos gerenciais na mesma Instituição. Após um período intenso de desemprego, Andréia acessou primeiro a universidade por meio do trabalho, que era fundamental para sustentar seus filhos: Roger e Andressa.

“Eu chego na Universidade às 7 horas da manhã e em casa às 22 horas da noite. É cansativo, mas eu tenho um objetivo: estudar e alcançar mais. A limpeza é um trabalho digno, mas eu almejo algo ainda melhor, que me complete enquanto pessoa e melhore minha renda”. 

Andréia encontra no trabalho e no estudo um caminho fundamental para autonomia e assistência para sua família, uma vez que ela é a responsável pela geração de renda em sua casa. “Eu sou o pai, a mãe, a enfermeira... Eu sou tudo. É difícil, mas eu não posso deixar a peteca cair. Eu sou a base”. 

Aos prantos, Andréia se orgulha ao falar que sua motivação para acordar todos os dias e cumprir suas jornadas diárias são seus filhos. “Sem eles eu não consigo fazer nada”.

Andréia estampa essa campanha para mostrar a garra das mulheres trabalhadoras. Respeita, a universidade também é delas.

 

RITA - “FILHA DA CASA”

Rita De Cássia Brochier tem 36 anos, é natural de Rio Pardo e atualmente mora em Montenegro. Ela cursa doutorado em Memória Social e Bens Culturais na Universidade La Salle. 

Sua história com a Universidade iniciou em 2009, quando começou a Graduação em Administração. Por isso, Rita se considera “filha da casa”. Essa analogia vem bem a calhar, uma vez que a relação de maternidade/universidade diz muito para Rita, afinal de contas para estudar, ela trouxe junto parte de si: Maria Antônia, que desde bebê acompanha a mãe nos estudos.

“Eu sempre sonhei com carreira executiva, porém no final da graduação, por meio de um estágio na incubadora de empreendimentos solidários da Universidade La Salle, eu conheci o meio acadêmico e me apaixonei”. Foi assim que Rita começou a se dedicar ao mestrado, juntamente com a gravidez. Maria Antônia tinha apenas 19 dias quando Rita realizou a seleção de mestrado na La Salle. “Ela me acompanhou na prova. Eu tive de amamentar durante a seleção e quando as aulas começaram ela tinha apenas 4 meses. Não foi fácil conciliar tudo. É um enorme desafio”.

E os desafios não pararam por aí. Rita concluiu o mestrado e atualmente cursa doutorado na Instituição. Para ela o estudo é seu trabalho e também, uma forma de incentivar a pequena Maria a nunca desistir da formação. Rita estampa essa campanha para mostrar que apesar das dificuldades é possível estudar. Afinal de contas, a universidade também é lugar para elas.

 

THUILA - “MULHER, PRETA E POBRE SOFRE TRÊS VEZES OPRESSÃO”

Thuila Farias Ferreira tem 25 anos e é natural de Porto Alegre. Ela carrega no sorriso largo o orgulho pela sua cor e sua comunidade, a Restinga, no extremo sul da Capital.

Graduada em Relações Internacionais pela Universidade La Salle, Thuila considera que a passagem pela academia foi um período fundamental para compreender algumas diferenças sociais e o papel da mulher negra na sociedade.

“Eu moro na Restinga que é o extremo sul de Porto Alegre, estudava na La Salle em Canoas e trabalhava na Sertório que é na zona norte de Porto Alegre. Eu passava em torno de 4 horas por dia dentro de transporte público. Dormia pouco, me alimentava mal, mas procurava priorizar o estudo, única chave da porta da libertação”.

Thuila acredita que a sua realidade é a de muitos estudantes negros no Brasil, que batalham diariamente para dar conta de estudar e trabalhar. “Na época, eu entrei na La Salle via PROUNI e cotas raciais. Era o único curso de relações internacionais do estado que estava oferecendo vagas de ingresso via PROUNI e eram apenas quatro vagas. Era isso ou eu ficar pelo menos mais um ano sem estudar e isso estava fora de cogitação”. 

Para Thuila estar dentro da universidade é fundamental para crescer pessoalmente e ajudar outras mulheres e negros a se descobrirem e lutarem por mais espaços dentro da academia. “Esses cinco anos e meio que eu fiquei na La Salle foram muito importantes pro meu auto conhecimento enquanto mulher negra. Tu é mulher, preta e pobre. Tu é três vezes separada do resto na sociedade. Aqui dentro eu passei por um choque cultural que me fez crescer e me entender enquanto mulher negra e querer ajudar outras mulheres, principalmente as mulheres negras a também se auto conhecerem e buscarem os seus objetivos, independente das adversidades”. 

Atualmente Thuila trabalha nos Correios e foi selecionada para o Mestrado em História da UFRGS onde pretende pesquisar o feminismo africano. Ela estampa essa campanha para mostrar que as mulheres negras têm voz e vez. Aceita, a universidade também é delas.

 

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