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Na noite dessa terça-feira (26), aconteceu a terceira entrevista da rodada de encontros do projeto “Com a palavra, os canditados: o futuro do Rio Grande do Sul em pauta”. O convidado da vez a subir ao palco da Universidade La Salle foi o pré-candidato Eduardo Leite, do PSDB.

Sobre a dinâmica

A exemplo do que está programado para todos os pré-candidatos, o convidado teve um momento inicial para apresentar suas propostas. Após, o Prof. Dr. Augusto Niche, coordenador da Área de Educação e Cultura, introduziu a rodada de perguntas, com a mediação da jornalista Maíra Gatto, que atua no Marketing da Universidade.

O público também pôde fazer questionamentos, que foram escritos em papeis distribuídos pela organização do evento durante as falas e entregues para o pré-candidato.

Eduardo Leite falou sobre o assunto Educação durante a apresentação da sua plataforma, apontando-a como um dos pilares do diferencial competitivo do seu governo, aliada aos investimentos em infraestrutura, desburocratização de processos, carga tributária, entre outros.

Neste contexto, o Prof. Augusto Niche fez duas perguntas no contexto da Educação Superior. Confira:

Como o senhor entende a possibilidade da Educação do estado se reinventar a partir de parcerias também pelo viés de empreendedorismo e inovação? A Secretaria de Educação está sendo pensada como um corpo técnico com pessoas ligadas diretamente à educação? Quem estará à frente?

Sobre a gestão da educação, é muito importante que a gente reconheça a competência técnica para a gestão em educação, daqueles que forem gerir a pasta, não apenas o secretário, mas também a estrutura técnica. O que não propriamente é competência ou com formação em educação propriamente dita, mas em gestão. A Secretaria de Educação em si num município, posso aqui citar Pelotas, o orçamento que se tem, o número de alunos e de escolas é maior do que muitas prefeituras. A Secretaria de estado de Educação é maior do que muitos governos estaduais no Brasil, pelo volume se servidores que envolve, suas rotinas, prédios, estruturas que tem, então precisa ter uma capacidade de gerenciamento de estrutura dessa rede para funcionar, que não é mole. E posso dizer isso com a autoridade de quem foi prefeito no período em que nós fomos, entre os grandes municípios, o que teve o maior Ideb entre 2013 e 2015, no RS. Foi um aumento de 23% em Pelotas, que foi o 7º município entre os 497 do RS em crescimento do Idep e conseguimos isso porque usamos os indicadores do Ideb como ferramentas de gestão. O Brasil avançou muito nos últimos tempos em produzir indicadores. Pouco avançou ainda em utilizar os indicadores como ferramentas de gestão. O indicador o Ideb que mede a qualidade da educação básica, por exemplo (...), dá um diagnóstico claro de cada escola, sobre como está o processo de ensino. Aí você tem que atuar escola por escola, identificando as causas daquele desempenho para produzir melhores resultados, estabelecendo as metas e planos de ação (...).

Então, Educação tem que ter gestão também. Tem que ter capacidade de gerenciar, garantir as rotinas de merenda, do professor em sala de aula (...). Certamente é prioridade, absoluta prioridade, porque pode nos conduzir a um futuro melhor (...). Quem quer transformar o mundo tem que ter ciência de que a Educação é o grande instrumento de transformação da nossa realidade.

As universidades podem representar grandes soluções: desde a burocracia nessas esferas, a geração de startups, incubadoras, parques tecnológicos, grandes pesquisadores, pensadores, corpo técnico bem preparado (...). Qual seria a escuta do governo para a direção das universidades?

Nós temos um número de instituições de Ensino Superior de excelência no Rio Grande do Sul e tem que ser muito aproveitado isso. Especialmente porque eu olho na indústria da inovação e da tecnologia a grande saída para o nosso estado. Ou o grande eixo de desenvolvimento. Aí nós temos que ter uma relação, e esse é o papel do governo na chamada tríplice hélice, ou seja, as instituições de ensino, o setor privado e o poder público, bem articulada para que se possa ter as políticas que induzam e estimulem a formação de negócios e a academia formando profissionais para aquilo que o mercado precisa (...). E o poder público as políticas para estimular o melhor relacionamento entre esses agentes. Inclusive políticas de incentivo de ordem fiscal e de qualificação profissional (...) para que seja melhor aproveitado o potencial nesse setor de desenvolvimento tecnológico. Então, o Ensino Superior de excelência do RS é o grande diferencial competitivo e deve ser valorizado, utilizado e ouvido, para manter essas instituições e acadêmicos trabalhando aqui.

Confira no álbum do Flickr os melhores momentos do evento

Participe da programação

O quarto pré-candidato será Mateus Bandeira, do Partido NOVO, no dia 28/06, às 19h30min, no Auditório Ir. Bruno Ruedell. O evento é aberto e gratuito para toda a comunidade. Em breve serão divulgadas as datas das entrevistas dos demais candidatos, que ainda podem sofrer alterações em função das agendas de campanha.

Com a palavra, os canditados: o futuro do Rio Grande do Sul em pauta

Trata-se de uma realização da Universidade La Salle, com o patrocínio da CDL Canoas e a parceria da OAB Canoas e do Diário de Canoas.

As atividades acontecem no campus em Canoas (Av. Victor Barreto, 2288) e são abertas ao público. “É papel da Universidade ser protagonista junto a sua comunidade. Diante das inúmeras dificuldades que ainda temos hoje em um país como o Brasil precisamos prestar o exercício da democracia, no sentido de permitir que todos possam esclarecer e trazer suas propostas de governo e serem ouvidos por nossa comunidade acadêmica”, contextualiza o Assessor de Assuntos Internacionais e Interinstitucionais da La Salle, Prof. Dr. José Alberto de Miranda.

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